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Central de Sines: “Falta coragem ao Governo para impor regras na economia”

Num encontro com trabalhadores da Central Termoelétrica da EDP, Catarina Martins afirmou ser “inaceitável” que nada tenha sido feito para proteger as centenas de trabalhadores despedidos, enquanto a EDP se prepara para aceder a fundos europeus para a transição energética.
Catarina Martins em Sines. Foto Esquerda.net.

Catarina Martins esteve esta sexta-feira em Sines para um encontro com trabalhadores e ativistas sindicais da central da EDP alvo de encerramento. A coordenadora bloquista sublinhou que o Bloco “sempre disse que era necessário fechar as centrais a carvão por uma questão climática, pela reconversão energética do país. Não é uma questão pequena. É preciso diminuir as emissões. É fundamental fazê-lo”.

“Mas também sempre dissemos que só há uma transição climática justa com respeito por quem trabalha. Aqui o que vemos é que a central vai fechar, e tinha de fechar, mas não há nenhuma solução para os trabalhadores”, frisou.

A dirigente bloquista lembrou os trabalhadores precários que foram abandonados à sua sorte. “Ninguém se preocupou com o seu futuro”, apontou. No que respeita aos trabalhadores da EDP, estes estão a ser alvo de pressões para se reformarem mais cedo com grandes penalizações.

Catarina Martins defendeu que é fundamental que todas as medidas para a transição energética, visando combater as alterações climáticas, sejam acompanhadas de medidas de emprego.

“Nada foi feito pelos trabalhadores e isso é inaceitável”, lamentou.

A coordenadora do Bloco referiu, por outro lado, que “a EDP vai daqui a pouco tempo aceder aos fundos europeus para a transição energética mas, entretanto, já despediu os trabalhadores. Entretanto os trabalhadores já ficaram sem nada. E isso é inaceitável”.

Catarina Martins recordou os alertas do Bloco de que, para “garantir que a bazuca europeia é em nome das pessoas”, é preciso “ter regras claras”. “Não se podiam dar apoios financeiros com fundos europeus sem garantia de manutenção do emprego”, assinalou.

“O que passa na EDP é o resultado da falta de coragem do Governo para impor regras na economia”, vincou a dirigente bloquista.

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