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Centenas protestam contra Trump: famílias unidas, não divididas

Centenas de portugueses contestaram hoje as políticas de Trump para a imigração. Os protestantes indignaram-se perante a separação das famílias e, posteriormente, com a detenção de crianças.
Centenas protestam em Portugal contra as políticas de imigração da administração Trump.
Centenas protestam em Portugal contra as políticas de imigração da administração Trump.

Depois das imagens de crianças presas em gaiolas terem sido divulgadas e de ter havido uma enorme pressão social, Donald Trump assinou uma ordem executiva para acabar com a separação de crianças dos pais imigrantes detidos nas fronteiras, embora tenha sublinhado na declaração que a política xenófoba de “tolerância zero” iria continuar.

Esta sexta, centenas de pessoas reuniram-se no Largo de Camões, em Lisboa, e na Praça Carlos Alberto, no Porto, para mostrarem o descontentamento para com estas políticas.

Na sua declaração, em Lisboa, Luísa Costa Gomes começou por dizer que “a existência de campos de detenção junto à fronteira entre os Estados Unidos e o México, onde pelo menos duas mil crianças imigrantes estão encarceradas separadas dos seus pais e famílias, desde maio deste ano, ofende os mais elementares princípios de humanidade.”

A autora acrescentou que “as crianças, algumas com apenas seis anos de idade, foram propositadamente separadas dos seus pais pelas autoridades norte-americanas como forma e dissuadir os fluxos migratórios para os Estados Unidos. O próprio Presidente Donald Trump confirmou publicamente que é assim.”

“Não deixaremos que faça caminho esta brutalidade nem o que ela encerra de fechamento aos direitos dos migrantes. Juntamo-nos para dizer que a brutalidade contra os imigrantes é repugnante onde quer que seja.”, rematou a escritora portuguesa, acrescentando ainda que “não ignoramos aquilo que também é essencial: estes sinais de recuo de Trump na sua política de desumanidade são uma enorme vitória de todos os que fizeram da sua voz luta, transformando indignação em solidariedade.”

José Manuel Pureza, deputado do Bloco de Esquerda, referiu “a grande indignação que invade tantas pessoas contra uma política desumana” como mote para estas concentrações.

“Somos todos filhos e filhas, pais e mães de imigrantes, as famílias separadas são as nossas, as crianças separadas são as nossas, no mundo não há ninguém ilegal, queremos as crianças reunidas com as suas famílias”, afirmou ainda Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda.

 

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