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Centenas de pessoas na marcha LGBTQIAP+ de Braga

Organizada pelo coletivo Braga Fora do Armário, a IX marcha LGBTQIAP+ de Braga decorreu no dia 17 de julho, sob o mote “Liberdade é ter condições para sair do armário”.
Centenas de pessoas na marcha LGBTQIAP+ de Braga. Fotografia: Facebook BE Braga

O confinamento empurrou para dentro de casa muitas pessoas que são discriminadas pela sua família devido à sua orientação sexual, identidade ou expressão de género. O lugar seguro de umas é, muitas vezes, uma prisão para outras, que se vêem mais isoladas e forçadas a viver continuamente no armário, ou a enfrentar sozinhas o preconceito das suas famílias. Numa altura em que se discute o impacto da situação que vivemos, importa visibilizar o impacto ao nível da saúde mental, pode ler-se no manifesto da IX marcha LGBTQIAP+ de Braga. 

Com um Serviço Nacional de Saúde perto da ruptura, a opção para fazer frente à pandemia foi concentrar todos os recursos possíveis no seu combate. Isto levou a que, durante muitos meses, muitos procedimentos “não urgentes” e outras intervenções fossem adiadas. Isso representou, também, uma maior dificuldade de acesso, por parte de pessoas trans, a serviços médicos, bem como o aumento de uma espera (já muito longa) no acesso às cirurgias de redesignação sexual em Portugal, refere a organização da marcha. 

Entre outras medidas , a IX marca LGBTQIAP+ de Braga reivindicou o aperfeiçoamento da legislação portuguesa no que concerne às questões LGBTQIAP+; o combate à violência física, psicológica e sexual contra pessoas LGBTQIAP+ por motivos da sua orientação sexual, identidade e expressão de género e características sexuais; o compromisso efetivo das escolas portuguesas pela valorização da diversidade, protegendo de igual forma todas as crianças e jovens independentemente da sua identidade ou expressão de género e/ou orientação sexual. 

O manifesto da Marcha reivindica também a despatologização das infâncias trans, o acesso livre e efetivo aos cuidados no Serviço Nacional de Saúde para as pessoas trans; o alargamento dos direitos sexuais e reprodutivos para homens trans; o alargamento no acesso à gestação de substituição, não exclusivo aos casos de ausência de útero, de lesão ou de doença deste órgão que impeça de forma absoluta e definitiva a gravidez. 

O marcha LGBTQIAP+ de Braga é organizada pela Braga Fora do Armário, “um coletivo composto por ativistas de diferentes sexos, etnias, idades, orientações sexuais, identidades de género e nacionalidades”. 

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