36º dia de protesto contra a reforma das pensões
O projeto Macron de reforma das pensões pretende aumentar a idade da reforma e nivelar por baixo os diversos sistemas especiais de reforma, que existem em França. O protesto de sindicatos e trabalhadores contra o projeto prolonga-se há 36 dias, com greves em particular nos transportes e em alguns setores da administração pública. A greve geral desta quinta-feira, 9 de janeiro, foi a quarta grande jornada de protesto e foi convocado pelas organizações sindicais CGT, FO (Force Ouvrière), FSU (Fédération Syndicale Unitaire), CFE-CGC (Confédération Française de l'Encadrement), Solidaires (Union syndicale Solidaires), Unef (Union Nationale des Étudiants de France) e UNL (Union Nationale Lycéenne). A CFDT não mobilizou para esta greve geral, ao contrário do que aconteceu em 17 de dezembro passado.
Here's a story you won't see today in the US corporate media:
Another massive general strike against pension cuts paralyzes France. #greve9janvier pic.twitter.com/vlWuBXEcie
— Eric Blanc (@_ericblanc) 9 de janeiro de 2020
Segundo a CGT, na manifestação deste dia em Paris participaram 370 mil pessoas, a maior mobilização de acordo com esta central, pois na jornada de 17 de dezembro terão participado 350 mil e na de 5 de dezembro 250 mil. A mobilização parece pois continuar em ascenso.
216 manifestações no país
Segundo o líder da CGT, Philippe Martinez, esta quinta-feira realizaram-se “216 manifestações em França, nunca houve tantas”. Simbolicamente, a Torre Eiffel está fechada.
Macron nous fait la guerre, et sa police aussi, mais on reste déter à bloquer le pays
Beaucoup beaucoup de monde à Paris pour la #greve9janvier contre la #reformedesretraites ! pic.twitter.com/m1kYWak6NK
— CanalFi (@_CanalFi_) 9 de janeiro de 2020
A greve geral teve elevadas adesões nas refinarias (paradas há quatro dias), nos transportes, de professores, médicos e advogados. A greve nos caminhos de ferro (SNCF) é já a maior da história francesa.
O Le Monde refere que, segundo a CGT, os protestos tiveram a participação de 220.000 pessoas em Marselha, 120.000 em Toulouse, 30.000 em Rouen, 18.000 em Clermond-Ferrand, 70.000 em Bordéus, 18.000 em Nantes.
Em Paris, um coletivo de feministas apresentou uma performance denunciando a BlackRock.
C'EST LA FÊTE À BLACKROCK ! #greve9janvier
Ambiance en tête de cortège à Paris, où un collectif de femmes danse pour la fête à BlackRock, à l'initative notamment d'@attac_fr. ITW de la porte-parole @TrouveAurelie
images: @Gaylord_VW
SUIVEZ NOTRE DIRECT : https://t.co/LhN2koh8ae pic.twitter.com/vwbjyggaM4— Là-bas si j'y suis (@LabasOfficiel) 9 de janeiro de 2020