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Celulose na Galiza e Astúrias aceita a redução da área de eucalipto

Responsável pela empresa Ence, que tem fábricas de celulose na Galiza e nas Astúrias, dá as “boas-vindas à limitação do eucalipto”. Em Portugal, a atitude assumida pelas indústrias de celulose continua a ser outra.
Foto de Cássio Abreu/Flickr

Segundo o Jornal Economia Digital da Galiza, Ignacio Colmenares, executivo da empresa Ence, assegurou, durante a apresentação do novo plano estratégico da empresa, que é favorável a uma redução das áreas plantadas com eucalipto de forma a responder às exigências da sociedade e porque “se queremos ser sustentáveis e ter futuro há que encarar isto”.

A Ence é apresentada como a principal consumidora de eucaliptos nas zonas onde opera. E planeia continuar a sê-lo. O novo plano estratégico define como objetivo um aumento da produção através da melhor gestão das áreas plantadas. Desta forma, as limitações aconteceriam “onde há casas” e “em zonas naturais protegidas”.

Na mesma ocasião, a empresa prometeu também resolver a questão do combustível de recuperação dos fornos de cal na sua fábrica de Pontevedra cuja legalidade foi posta em causa.

Em Portugal, a atitude assumida pelas indústrias de celulose continua a ser outra. Na semana passada, sectores ligados à produção de pasta de papel lançaram um “Manifesto por uma Floresta Não Discriminada”. Este manifesto pelo eucalipto defende a manutenção do actual modelo de negócio da indústria das celuloses e critica uma suposta “onda de demagogia” que estaria na base de uma “perseguição ao eucalipto”.

Em artigo de opinião no esquerda.net, João Camargo classifica-o como “um manifesto milionário pelo pobre eucalipto”.

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