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Catarina Martins: “Toda a gente vai ter de fazer a sua parte”

Numa mensagem publicada nas redes sociais, a coordenadora do Bloco de Esquerda apela à responsabilidade contra o alarmismo e à solidariedade para ultrapassar a crise da pandemia do Covid-19.
Catarina Martins
Foto de Paula Nunes.

A coordenadora do Bloco de Esquerda gravou uma mensagem a partir da sua casa para anunciar o cancelamento de todas as iniciativas locais e nacionais que o Bloco preparava para os próximos meses. “A nível nacional, lembro-me do Encontro+60 ou da Ciência, o Fórum das Lutas e as iniciativas do ambiente, da habitação, do trabalho, mas agora não vamos mesmo poder realizá-las desta forma porque vamos fazer a nossa parte para conter esta pandemia e isso significa diminuir o contacto entre as pessoas”, afirmou Catarina Martins.

 

Apesar do cancelamento das iniciativas públicas, Catarina diz que o Bloco continuará a “fazer parte da solução para que o Serviço Nacional de Saúde tenha o seu reforço e que os profissionais tenham o que precisam, para responder a quem trabalha, para responder pelo emprego, pela economia, o que vai acontecer, proteger os mais vulneráveis”.

“Vamos fazê-lo de uma outra forma. Tem de ser, é assim que cumprimos a nossa parte também para conter esta epidemia. E toda a gente vai ter de fazer a sua parte, também nas nossas vidas pessoais. Este é o momento em que não dá para ir para a praia, ir visitar amigos ou ir àquele espetáculo ou àquela festa que já estava marcada há muito tempo, não pode ser. Vamos mesmo ter que ter isolamento social e cumprir todas as indicações da Direção Geral de Saúde”, avisa a coordenadora bloquista.

Catarina deixa ainda alguns conselhos para não congestionar a linha telefónica dedicada ao atendimento de quem tenha sintomas do coronavírus: ligar para a linha da Segurança Social para ter resposta a dúvidas sobre acompanhamento dos filhos ou quando se fica sem trabalhar; usar o site com informações sobre o Covid-19 para responder a dúvidas; usar sempre informação fidedigna e não ajudar a espalhar rumores ou boatos. “Nestas alturas não precisamos de alarme, mas precisamos de responsabilidade e responsabilidade é utilizar os canais certos e a informação que é de confiança”, sublinhou.

“E precisamos de nos lembrar mesmo que a nossa comunidade não é aquela das redes sociais, não é aquela que está no telemóvel ou no computador, é a que está à nossa volta, a nossa família, os nossos amigos, os nossos vizinhos”, prosseguiu Catarina, apelando ao sentido de entreajuda para proteger a população de risco, por exemplo indo às compras ou à farmácia em vez dos mais idosos ou fragilizados pela doença, ou ajudando as famílias dos profissionais de saúde “porque não vamos mesmo poder dispensar o seu trabalho e vai precisar de ajuda”.

“Uns para os outros, umas para as outras. Precisamos de ter toda a responsabilidade com solidariedade porque só como comunidade solidária e responsável podemos ultrapassar esta crise”, concluiu Catarina.

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