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Catarina Martins: "As medidas que são anunciadas nunca chegam ao terreno"

A coordenadora nacional do Bloco esteve, hoje de manhã, em Torres Vedras com trabalhadores essenciais nas áreas da saúde, transportes, educação e comércio. Para Catarina Martins, passaram 10 meses do início da pandemia e “não estamos a investir o que é necessário”.
Catarina Martins em Torres Vedras reuniu com profissionais dos setores essenciais
Foto de Andreia Quartau

A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, esteve hoje de manhã reunida em Torres Vedras com trabalhadores de setores essenciais: desde trabalhadores da restauração, enfermeiras, professores, passando por profissionais dos bastidores dos espetáculos, músicos, até motoristas e pequenas comerciantes.

Catarina Martins disse que tem reunido com vários trabalhadores que estão na linha da frente um pouco por todo o país: “Nas escolas, na saúde, nos transportes, na distribuição e também com aqueles que trabalham nas áreas que têm sido mais afetadas pela crise. Da restauração à cultura”.

“Nós estamos no dia 20 de dezembro já, o que significa que estamos numa crise pandémica há 10 meses e das reuniões que temos tido com estes trabalhadores, temos duas preocupações fundamentais”, refere a dirigente bloquista.

A primeira preocupação é relativa à falta de investimento feito durante esta crise. Catarina Martins sublinha que “somos um dos países que durante a crise menos gastou em percentagem do seu PIB na resposta à pandemia, ou seja, não estamos a investir o que é necessário e ao não investir a crise vai-se agudizando”.

“Estes trabalhadores com que falamos, das mais variadas áreas de atividade, aquilo que nos dão conta é que as medidas que são anunciadas nunca chegam ao terreno, são sistematicamente anunciadas mais medidas que depois têm um impacto muito reduzido”, e esta é a segunda preocupação do Bloco.

Para isso, dá dois exemplos: “O apoio aos profissionais de saúde na primeira linha da covid-19. É incompreensível que seja dado um subsídio pelo risco que correram, mas apenas para alguns trabalhadores e só na primeira fase na pandemia. Outro dos exemplos é o setor da restauração onde as medidas que foram anunciadas para o Estado de Emergência, que paralisou a área, ainda não chegaram ao terreno no momento em que sabem que não vão ter possibilidade de realizar jantares de fim de ano”.

Esta manhã reunimo-nos com trabalhadores de vários setores afetados pela pandemia, em Torres Vedras. Estamos há 10 meses...

Publicado por Catarina Martins em Domingo, 20 de dezembro de 2020

“Temos um país há 10 meses em pandemia, com trabalhadores que têm estado todos os dias com uma enorme responsabilidade, a aguentarem esta situação e é, portanto, impossível continuarmos a ter anúncios de medidas que nunca são concretizadas ou só o são numa pequena parte”, frisa Catarina Martins.

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