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Catarina destaca importância das salas de consumo assistido no acompanhamento de utentes

Em visita à primeira sala de consumo assistido do país, algo que "estava previsto há 25 anos na lei", Catarina considerou que “Portugal é um exemplo a nível mundial no sucesso que teve no tratamento das pessoas com toxicodependência e na diminuição de todos os problemas sociais relacionados com o uso de drogas”.
Catarina relembrou que a implementação de salas de consumo “está prevista na lei há 25 anos”, mas nunca foi implementado.
Catarina relembrou que a implementação de salas de consumo “está prevista na lei há 25 anos”, mas nunca foi implementado.

Numa visita à primeira sala fixa de consumo assistido de drogas em Portugal Catarina Martins, acompanhada pela candidata à Câmara Municipal de Lisboa, Beatriz Gomes Dias, defendeu as políticas de redução de riscos e acompanhamento de pessoas com consumo de substâncias psicoativas, uma estratégia que começou a ser desenvolvida em 1990, pela Câmara Municipal de Lisboa, com resultados extraordinariamente positivos.

Dando seguimento à estratégia, a vereação do Bloco de Esquerda avançou nos últimos anos com equipas móveis de acompanhamento de proximidade e, agora, a primeira sala fixa de consumo assistido, na Quinta do Loureiro, em Lisboa.

Catarina Martins destacou a importância das salas de consumo assistido no acompanhamento médico e social dos utentes, melhorando a saúde pública. “Portugal é um exemplo a nível mundial no sucesso que teve no tratamento das pessoas com toxicodependência e na diminuição de todos os problemas sociais relacionados com o uso de drogas”.

E relembrou que a implementação de salas de consumo “está prevista na lei há 25 anos” mas nunca foi concretizada. O exemplo de Lisboa “deve ser alargado a todo o país”, considerou.

Em declarações à comunicação social, Beatriz Gomes Dias relembrou que “nesta sala já passaram 410 pessoas que fizeram os seus consumos em segurança, deixando de haver consumo em céu aberto”. Estas pessoas “têm aqui uma equipa de enfermeiros”, o que permite garantir acompanhamento médico, bem como acesso a lavandaria e duches para tomar banho”, assim como acompanhamento de serviços sociais.  

A privatização da Groundforce foi um erro

Questionada sobre a situação dos trabalhadores da Groundforce, neste momento com vários salários em atraso e um futuro incerto, Catarina considerou que a solução encontrada no imediato é “importante, porque a linha de defesa tem de ser o direito dos trabalhadores a receberem o seu salário”.

"É importante que agora os trabalhadores vejam algum alívio, mas a questão de fundo, a questão aliás das empresas de transporte aéreo de uma forma geral, mantém-se e vai ser preciso resolvê-la”, alertou.


Catarina Martins e Beatriz Gomes Dias com a equipa médica do centro.

Na quarta-feira, o Ministério das Infraestruturas e Habitação anunciou que a TAP vai pagar diretamente aos trabalhadores da Groundforce o valor correspondente ao subsídio de férias e às anuidades em atraso.

Para a coordenadora do Bloco de Esquerda ainda há muito trabalho a fazer “para garantir que há uma empresa nos aeroportos em Portugal que funcione bem”.

“A privatização foi um erro. Ficou entregue aliás a um empresário sem escrúpulos e, portanto, isso dá-nos bastantes dificuldades de solução”, criticou. É necessária “uma solução para a empresa”, sendo a prioridade “que os salários sejam pagos aos trabalhadores”.

“Eu ouvi fazerem-se as perguntas mais absurdas aos trabalhadores da Groundforce. Ouvi até perguntar: ‘mas acham que a greve pode piorar a situação da empresa?’. Mas eles estão a trabalhar sem receber salário. Quando um trabalhador está a trabalhar sem receber salário é difícil ficar pior, tem que lutar pelos seus direitos”, criticou.

O Ministério das Infraestruturas considerou, na quarta-feira, que “esta foi a solução encontrada para ultrapassar a recusa na semana passada da administração da Groundforce em aceitar a transferência da TAP que permitiria o pagamento aos trabalhadores do subsídio que lhes era devido”.

“Ao mesmo tempo, a TAP vai abreviar o pagamento definido contratualmente para saldar a fatura relativa a serviços prestados em junho, garantindo que a administração da Groundforce tem liquidez suficiente para pagar integral e atempadamente os salários dos trabalhadores relativos ao mês de julho”, referiu ainda o ministério.

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