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Carolina do Sul aprova execuções por pelotão de fuzilamento

A proposta foi aprovada pelas duas Câmaras do Congresso local, ficando só a faltar a assinatura do Governador, um forte apoiante da medida. Medida visa responder à falta de fármacos para a injecção letal, dizem os legisladores.
Foto de www.democracynow.org

A Câmara de Representantes do estado norte-americano da Carolina do Sul aprovou, esta quarta-feira, o regresso dos pelotões de fuzilamento como uma das medidas de execução dos presos condenados à pena capital.

A controversa lei já tinha sido aprovada pelo Senado, em março passado, e espera agora pela assinatura do Governador Henry Macmaster, do Partido Republicano, um forte apoiante desta medida depois de ter ficado aborrecido pela recusa de venda de fármacos para a injecção letal por parte das farmacêuticas, refere o The New York Times.

Caso assine a proposta nos próximos dias, como se prevê, a Carolina do Sul passa a ser o quarto estado norte-americano a prever esta forma de execução, depois dos estados do Mississipi, Oklahoma e Utah.

A proposta partiu de um senador do Partido Democrata, Richard A. Harpootlian, como resposta ao facto de não haver nenhuma execução no estado desde há 10 anos, por falta de disponibilização dos fármacos letais. O Público refere que as execuções têm sido adiadas sucessivamente desde 2013, depois de as autoridades locais deixaram de conseguir comprar os medicamentos necessários para a injecção letal.

Neste momento os presos da Carolina do Sul que se encontram no corredor da morte têm direito a escolher entre um de dois métodos de execução: a injeção letal ou a cadeira eléctrica. Perante a falta de fármacos, escolhiam a injeção letal e, na prática, garantiam o adiamento da sua execução.

A proposta surge num momento complicado para a pena capital nos Estados Unidos da América. De acordo com o New York Times, o país tem vindo a afastar-se da medida nos últimos anos, mas também tem havido um movimento contrário, nomeadamente durante a Administração Trump. Nos últimos 16 anos, 11 estados deixaram de aplicar a pena capital e há 3 estados que impuseram moratórias sobre a pena de morte. Atualmente existem 24 estados que continuam a aplicar execuções.

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