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Campo Pequeno volta às touradas, defensores dos animais aos protestos

Em Lisboa voltou-se a ouvir que “tourada não é cultura” e a criticar-se quem festeja “o sofrimento e a dor de um animal”.
Protesto anti-tourada no Campo Pequeno. Foto de MANUEL DE ALMEIDA/LUSA.
Protesto anti-tourada no Campo Pequeno. Foto de MANUEL DE ALMEIDA/LUSA.

Depois da paragem nos eventos públicos devido à pandemia, a praça de touros do Campo Pequeno voltou esta quinta-feira a ser palco de uma tourada. Em reação, meia centena de pessoas participaram numa manifestação contra as touradas.

Apitos, sirenes, slogans como “touros sim, touradas não” e cartazes como “toureiros e forcados, vergonha nacional”, “tortura não é cultura”, ou “gente educada não vai à tourada”, alertaram para os maltratos aos animais.

O evento foi organizado pelo movimento “Acção Directa”. Um dos responsáveis pela organização, Carlos Macedo, disse à Lusa que queriam dizer “que esta atividade não se devia efetuar, é uma situação anacrónica, completamente afastada da realidade nos dias de hoje, pessoas a festejar o sofrimento e a dor de um animal”. O ativista considera que as touradas estão a acabar. E adianta como sinais o facto de várias praças de touros terem fechados e da tempora no Campo Pequeno começar cada vez mais tarde.

Aliás, o texto de convocatória do protesto no Facebook dizia que “das poucas vantagens que esta pandemia trouxe, talvez o adiamento/cancelamento das touradas tenha sido o melhor que aconteceu.
Mas os bárbaros não ficaram quietos…” Apesar de salientar que “houve algumas "festas" tauromáquicas, touradas à porta fechada, em herdades particulares”, isso não foi “nada que lhes inflame o ego sedento de sangue e ovações.”

 

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