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Bragança teve a sua primeira marcha do Orgulho LGBT
A primeira marcha do Orgulho Lésbico, Gay, Bissexual e Transgénero (LGBT) de Bragança reuniu cerca de 200 pessoas nas ruas da cidade para pôr fim ao preconceito com base na orientação sexual e identidade de género.
Em declarações ao Jornal de Notícias, Sara Canteiro, uma das organizadoras da manifestação, afirmou que um dos objetivos do evento era a necessidade de “dizer à cidade que há uma comunidade LGBT radicada em Bragança e que preciso que haja mais compreensão”.
Apesar de a primeira marcha do Orgulho LGBT em Portugal ter acontecido há 19 anos, esta foi a primeira manifestação do género na cidade de Bragança. Embora Portugal tenha uma legislação considerada avançada em termos mundiais no que diz respeito aos direitos legais da população LGBT, ainda assim a organização da manifestação gerou contestação entre alguns deputados municipais.
O voto proposto pelo Bloco de Esquerda de Bragança, apesar de aprovado, colheu a abstenção da maioria dos deputados municipais e um voto contra por parte de um representante do PSD. Fernando Gonçalves qualificou a iniciativa como sendo “lamentável” e disse considerar que “pôr em evidência um fenómeno destes é destruir a liberdade e os valores do 25 de Abril”. Já Eduardo Malhão, outro deputado municipal do PSD, afirmou que a organização de uma manifestação pela igualdade e contra a discriminação em Bragança “não foi muito feliz”, uma vez que, no seu entender, essa reivindicação passaria a imagem de que Bragança “é uma cidade conservadora”. No total, apenas 18 deputados municipais votaram a favor, 43 abstiveram-se e um votou contra.
Bragança tornou-se assim na oitava cidade portuguesa a organizar uma marcha do Orgulho LGBT, juntando-se assim a Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Ponta Delgada, Vila Real e Funchal.
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