À beira de nova crise política, o PS/Madeira não descola das sondagens e o seu líder Paulo Cafôfo veio propor uma coligação alargada com o JPP, Bloco, IL e PAN para um eventual futuro Governo da Região Autónoma. O líder dos socialistas madeirenses diz que “neste momento não interessa" saber se o entendimento seria pré ou pós eleitoral.
Em reação ao anúncio de Cafôfo, a coordenadora regional bloquista Dina Letra disse aos jornalistas que a proposta é “pouco credível”, pois entende que “a convergência deve fazer-se entre quem tem credibilidade de alternativa, o que não inclui partidos-satélite de Albuquerque como a IL e o PAN.”
Madeira
Com Orçamento chumbado e censura à vista, Albuquerque promete ir a votos
“Em vez de contactos para um programa alternativo à governação do PSD-M e seus satélites, o PS preferiu fazer uma manobra mediática de curto alcance, como se confirma pela recusa do JPP, já anunciada”, disse Dina Letra ao Jornal da Madeira.
Por outro lado, a proposta é vista como “extemporânea” porque o Parlamento ainda está em funções e a moção de censura ainda não foi votada. A coordenadora do Bloco/Madeira lembrou os ziguezagues do Chega sobre a matéria e admite que o partido que viabilizou a permanência de Albuquerque no Governo Regional ainda possa voltar a mudar de posição até à próxima terça-feira.
Embora critique o anúncio público do PS/Madeira sem contactar previamente os partidos, entendendo que “não é assim que se convoca para a conversa”, o Bloco/Madeira “está disposto a diálogos construtivos para que a esquerda ganhe força no parlamento regional e se torne decisiva para afastar o PSD”, concluiu Dina Letra.