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Bloco quer atribuir bandeira portuguesa ao navio humanitário Aquarius

O navio humanitário Aquarius, que opera no mar Mediterrâneo, perdeu, por pressão do governo italiano, em particular do seu odioso ministro da Administração Interna, Matteo Salvini, a bandeira de Gibraltar em agosto e, em setembro, a do Panamá. Encontrando-se atualmente sem registo e porto para atracar e com 58 refugiados a bordo, na sua maioria líbios.
O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda entregou, esta segunda-feira, na Assembleia da República, uma pergunta endereçada ao Ministério dos Negócios Estrangeiros em que questiona o executivo liderado por António Costa sobre a disponibilidade em atribuir bandeira portuguesa à embarcação.
Esta terça-feira de manhã, em declarações à TSF, Pedro Filipe Soares recordou que em 2018 “já morreram mais 1250 pessoas” na travessia do Mediterrâneo. E deixou claro que impedir a “missão do Aquarius é na prática, uma condenação à morte de inocentes”. Desde 2016, o barco salvou cerca de 30 mil pessoas.
"O governo italiano tem um preconceito claro para com estes migrantes, na forma como os trata, como os achincalha, como os desvaloriza enquanto pessoas”, criticou o líder parlamentar bloquista.
A bordo do navio humanitário a proposta bloquista foi bem acolhida. “Saber que há membros do parlamento português que estão a tentar apoiar-nos é uma noticia fantástica”, disse à TSF Nick Romaniuk, coordenador das operações de resgate do Aquarius.
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