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Solução pública para o Maria Matos vai a votos
Os representantes do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Lisboa apresentarão uma proposta no sentido da reversão da concessão do Teatro Municipal Maria Matos a privados. Lamentando a concessão a privados de “um equipamento público de cultura que reconhecidamente cumpria a sua missão”, o Bloco salienta que ficou por explicar “a recusa em adotar a solução comum para estas situações, à semelhança do que era prática já estabelecida pela atual vereação da cultura: o lançamento de um concurso público para nova direção artística”. Não querendo “entrar na discussão sobre a falácia que é designar criação contemporânea imprópria para grande público – para além dos danos irreparáveis que o Partido Socialista insiste em conceder à direita política no debate sobre estas matérias”, já que se argumentou que “não existe público para o tipo de oferta do Teatro Maria Matos”, o Bloco diz também não entender por que “razão uma teórica desadequaçãoda oferta obrigaria à concessão do teatro a privados, e não o simples repensar das estratégias do próprio Teatro”.
Assim, e defendendo que “na atual situação política em Lisboa, o reforço de meios orçamentais para as responsabilidades acrescidas da vereação seriam obviamente a solução política a considerar, e nunca uma concessão que só os partidos à direita defendem”, a proposta do Bloco é “Manter o Teatro Maria Matos no mesmo modelo de gestão até agora em vigor lançando um concurso público para nomeação de nova direção artística e manutenção da equipa técnica residente, garantindo o reforço dos meios técnicos e orçamentais necessários para o efeito.”
Os signatários da proposta lembram ainda que a “aprovação, em reunião de Câmara, pelo Partido Socialista e pelo Partido Social Democrata da proposta de concessão, atropela também a petição de quase 3 mil signatários, que se encontra ainda em fase de discussão na Assembleia Municipal de Lisboa é um sinal de desrespeito democrático incompreensível”.
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