Bloco propõe Plano Ferroviário Nacional

24 de maio 2011 - 11:54

Os candidatos do Bloco pelos distritos de Aveiro, Coimbra e Leiria promoveram esta segunda-feira uma acção para a apresentação da proposta de um Plano Ferroviário Nacional, cuja aplicação, durante 10 anos, permite criar 100 mil empregos.

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Os candidatos nos distritos de Aveiro (Pedro Filipe Soares), Leiria (Heitor de Sousa) e Coimbra (José Manuel Pureza) encontraram-se na Estação de Coimbra-B, na manhã desta segunda-feira, para a jornada conjunta de divulgação do Plano Ferroviário Nacional.

“Ao longo dos últimos anos, o investimento nas auto-estradas tem sido dominante e a ferrovia tem sido abandonada. Este Plano Ferroviário Nacional (PFN) é uma política que não desiste das pessoas, protege o ambiente, combate a recessão e cria emprego. A sua aplicação durante 10 anos, permite a criação de 100 mil empregos e um impacto positivo no PIB de 0,6% ao ano”, defendeu o bloquista Nelson Peralta ao apresentar o plano em conferência de imprensa na estação de comboios de Aveiro, ao lado do deputado e candidato Pedro Filipe Soares.

O Plano prevê a ligação ferroviária electrificada entre todas as capitais de distrito, a modernização – duplicação e electrificação – de vários troços de linha, assim como a sistemas ferroviários ligeiros nas principais áreas urbanas

“A privatização da ferrovia é a certeza da degradação e do aumento do preço. A prioridade dos administradores CP nomeados pelo Governo, é o despedimento de 800 trabalhadores”, argumenta o Bloco que quer inverter “esta política de deterioração do serviço público”.

O Plano Nacional Ferroviário terá um custo de 11 mil milhões, num investimento que dá prioridade ao emprego e à coesão territorial. “A introdução das portagens, decidida por PS, PSD e CDS-PP entrega, a troco de nada, 10 mil milhões de euros aos concessionários, apenas em benefício da Mota-Engil, do BES e de outros grandes grupos económicos. Nada será construído, é apenas um benefício pago aos mesmos de sempre. A proposta do Bloco beneficia o país”, realçou o deputado Pedro Filipe Soares.

Os candidatos nos distritos de Aveiro (Pedro Filipe Soares), Leiria (Heitor de Sousa) e Coimbra (José Manuel Pureza) encontraram-se na Estação de Coimbra-B, na manhã desta segunda-feira, para a jornada conjunta de divulgação da proposta.

Os candidatos de Aveiro e Leiria viajaram para Coimbra-B de comboio através da linha do Norte e da linha do Oeste, tendo os bloquistas de Leiria tardado quase duas horas numa deslocação de 40 quilómetros, “o que demonstra bem a ineficácia resultante do abandono deste meio de transporte por parte dos sucessivos governos PS, PSD e CDS”, sublinham.

Proposta do Bloco afirma investimento público para contrariar tendência recessiva

A iniciativa deu especial atenção às linhas da região centro, nomeadamente a Linha do Oeste, a Linha do Norte, a Linha da Beira Alta e uma nova Linha Aveiro-Viseu-Vilar Formoso. A proposta do Bloco reafirma o investimento público como um "apoio imprescindível para contrariar as tendências recessivas das políticas de austeridade do Governo" e combinar a garantia da oferta de bens públicos essenciais para as populações com a criação de emprego como objectivo estratégico fundamental.

Para o distrito de Aveiro, o PNF contempla a ligação Aveiro-Vilar Formoso. De Aveiro a Mangualde, passando por Viseu, através de uma nova linha em bitola europeia. De Mangualde a Vilar Formoso duplicação da linha em bi-bitola. O PNF prevê também que troço Ovar-Gaia passe das actuais 2 linhas para as 4 para solucionar os actuais problemas de congestionamento da linha.

O Sistema de Mobilidade do Mondego foi invocado como um “projecto essencial à mobilidade e à coesão social, territorial e ambiental” nos concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã.

Respondendo às recentes declarações da candidata do PS pelo distrito de Coimbra, que só vieram confirmar a leviandade com que o governo tratou esta questão, José Manuel Pureza reafirmou a defesa intransigente deste projecto que, mais que tudo, é um caso de honorabilidade pública e de credibilidade das instituições.