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Bloco propõe auditoria da dívida pública e renegociação do pagamento da ajuda externa

Num dos projectos de resolução, o Bloco propõe a “constituição de uma Comissão Eventual para a Auditoria à Dívida Externa Portuguesa que terá como objectivo apresentar, no prazo de noventa dias, um relatório que identifique as condições, tipo de instituições, prazos e natureza dos contratos e responsabilidades que constituem essa dívida total”.
No outro projecto o Bloco propõe, por sua vez, que se “proceda a uma renegociação da taxa de juro e dos prazos do empréstimo contraído, de modo a que essas condições sejam, pelo menos, equiparáveis à de outros contratos estabelecidos em condições semelhantes e nunca mais prejudiciais”.
Nesse mesmo documento, o Bloco recomenda ainda ao governo que se “negoceie com as instâncias credoras uma condição de tecto para os pagamentos do serviço da dívida de modo a permitir um investimento público que, direccionado para a promoção da criação de emprego, qualificação dos serviços públicos e o apoio a exportações ou substituição de importações, constitua o estímulo necessário para a recuperação da economia de modo a evitar a bancarrota”.
Durante a apresentação destas duas propostas, o deputado Pedro Filipe Soares esclareceu que é necessário proceder a uma “clarificação democrática da crise da dívida soberana”. “Quando temos uma dívida para pagar devemos saber o que pagamos, como pagamos, quais os compromissos que assumimos”, defendeu.
Por outro lado, o Bloco pretende “fazer a renegociação dos juros e dos prazos de pagamento de forma a que o investimento público seja capaz de ser criador de emprego” e que “não seja colocado em causa com taxas de juro e prazos de pagamento que tornam impossíveis o cumprimento destas obrigações por parte de Portugal”.
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Comentários
Curioso ouvir uma foça
Curioso ouvir uma foça política que recusou reunir-se com a " Troika" sugerir a renegociação da divida. Parece-me que estão a colocar-se na forma mais cómoda de oposição, não tendo a mínima intenção de dar um contributo responsável para a solução do problema, nem existindo qualquer intenção de apontar qualquer caminho viável às circunstâncias que o pais esta a viver. São assim como as crianças.... Irresponsáveis e inconsequentes, por isso não se podem admirar que o povo os tenha penalizado duramente nas urnas.
O Sr. Mário R. Martins, Voçê
O Sr. Mário R. Martins, Voçê que é tão adulto,tão responsável, tão consequente, diga-me uma medida que seja, "negociada" pelos Partidos que reuniram c/ a Troika ?
Também acho que foi um erro
Também acho que foi um erro não terem reunido com a troika, mas é uma questão secundária (naquela fase, seria quase irrelevante).
Pedir uma auditoria à dívida não é uma atitude responsável?
Você acha mesmo que se deram a todo este esforço só para aparecerem na fotografia?
Esta gente chega ao ridículo de assumir que os partidos de esquerda, que tentam combater esta trajectória desastrosa(embora com erros e omissões), é que são os "maus da fita".
Além de melhorar as suas propostas, a esquerda precisa de tornar a sua argumentação mais eficaz...
ESTRANHA MANEIRA DE COMENTAR
ESTRANHA MANEIRA DE COMENTAR »em existindo qualquer intenção de apontar qualquer caminho viável às circunstâncias que o pais esta a vive» COMO SE CONCLUI ISSO?
Se falra em renegociar e crime PT estara nesta ocasiao cheio de criminosos.
Quem nao quer renegociar?
Quem quer copiar a GRECIA?
e QUERER SABER O QUE E A D´´IVIDA
Apesar de ideologicamente
Apesar de ideologicamente estar longe Bloco de Esquerda, gosto de visitar este site. O Bloco não perdeu o ideal de utopia para a sociedade, algo que os políticos mais tradicionais de direita ou do PS já não acreditam.
No entanto em relação a esta questão da divida o Bloco está a efectuar uma analise errada. A divida é apenas o acumular dos sucessivos défices anuais. O importante não é, após o acumular de uma divida insustentável, procurar as causas das mesmas ou arranjar desculpas ou justificações "morais" para a não pagar. Ou seja , o problema não está a jusante mas a montante. O Bloco não pode estar contra o controlo do défice e depois ficar surpreendido por termos uma divida.
Devemos ter uma politica de défice zero e só em situações excepcionais como investimento produtivo e rentável, é que deveria ser autorizado um défice e mesmo assim por maioria qualificada a Assembleia e defendo que estas regras devem estar na Constituição
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