A Mesa Nacional do Bloco de Esquerda reuniu-se este sábado para discutir a situação política nacional e internacional. No projeto de resolução, o partido identifica a ameaça da “oligarquia” da tecnologia que se concretiza com a vitória de Trump e a “subserviência” de Montenegro à NATO.
“O Bloco de Esquerda tem razões reforçadas para se opor à corrida aos armamentos, para denunciar a promoção da insegurança, para defender a soberania do nosso país e apoiar a daqueles Estados africanos, e para insistir na rutura com a NATO”, lê-se no projeto de resolução.
A discussão debruçou-se também sobre a vitória de Donald Trump e a crescente dominação da oligarquia tecnoliberal sobre a política internacional. “Nunca a humanidade conheceu tal concentração de riqueza, cujos oligarcas se tornaram intervenientes políticos diretos, como é o caso de Elon Musk, mas também de outros”, diz o documento.
Face a essa exigência, a Mesa Nacional do partido identifica a necessidade de “orientar a luta pela democracia” para o seu alvo principal, que é “proteger a população da dominação e da exploração pelas redes sociais e pelos seus donos”, que “promove o negacionismo das alterações climáticas e o extrativismo e potencia as principais formas de divisão da classe trabalhadora”.
No projeto de resolução votado, também foi dada atenção à Segurança Social e ao ataque que lhe é feita com base na alegação de que é “deficitária”. “A recusa do assalto à Segurança Social e aos direitos universais de quem para ela descontou é uma urgência e deve unir os esforços de sindicatos, associações de pensionistas, academia e partidos de esquerda”, afirma o documento.
Outro dos focos é a campanha por direitos aos trabalhadores por turnos que o partido lançou, bem como a degradação do Serviço Nacional de Saúde, com um avanço do setor privado liderado pela Aliança Democrática.
A Mesa Nacional do Bloco de Esquerda convocou um encontro feminista, que será realizado no dia 10 de maio e promovido por diversos grupos de mulheres feminista, com trabalho em diversas áreas do território. O objetivo do encontro é “aprofundar o debate teórico iniciado na conferência nacional de outubro de 2024 e abordar também as questões de organização”.