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Bloco exige proteção de 133 trabalhadores despedidos em empresa têxtil

Em causa está o acesso ao subsídio de desemprego e o pagamento dos salários em atraso. Bloquistas questionam ainda o Governo sobre a sua disponibilidade para encontrar uma solução que permita viabilizar a empresa e manter os postos de trabalho.
Indústria têxtil. Foto de George Hodan, Public Domain Pictures

Conforme denuncia a distrital do Bloco de Esquerda do Porto, a empresa têxtil Azincon - Indústria de Confecções, Lda, localizada na Zona Industrial da Varziela, concelho de Vila do Conde, apresentou-se a insolvência deixando 133 trabalhadoras no desemprego.

Para justificar os despedimentos, a administração desta unidade fabril alegou a ausência de encomendas por parte do suposto único cliente, o Grupo Inditex, proprietário da cadeia de lojas Zara. Os trabalhadores foram confrontados com a notícia do encerramento da empresa logo após o período em que estiveram na situação de lay-off simplificado. De acordo com o que o Bloco pôde apurar, a administração da Azincon não só falhou o pagamento pontual de salários como terá retirado património das respetivas instalações.

O Bloco expressa a sua solidariedade para com estes trabalhadores e trabalhadoras, afirmando ser “inaceitável a forma como esta empresa encerrou as instalações sem aviso prévio”.

Num conjunto de questões endereçadas ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e da Segurança Social, os deputados José Soeiro e Isabel Pires defendem que “é imperioso assegurar que as contribuições para a Segurança Social e Finanças destes trabalhadores e trabalhadoras são pagas, sobretudo neste contexto de especial fragilidade e insegurança”.

“Por outro lado, é necessário garantir que os seus direitos são assegurados, nomeadamente no que respeita ao pagamento de eventuais salários em atraso e ao acesso imediato ao subsídio de desemprego”, acrescentam.

Os deputados bloquistas querem saber se o Governo “está a acompanhar a situação e está a disponível para analisar com a empresa, no quadro dos apoios extraordinários às empresas concedidos no contexto da pandemia, uma solução que permita a viabilização da empresa e a manutenção dos postos de trabalho”. E questionam ainda o executivo socialista sobre que medidas serão adotadas “com caráter de urgência para que rapidamente estes trabalhadores tenham acesso ao subsídio de desemprego ou outras medidas de proteção social consentâneas com a situação descrita”. 

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