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Bloco em Barcelos defende soluções que permitam segurança económica e social
Esta segunda-feira foi apresentada a candidatura autárquica do Bloco de Esquerda em Barcelos. Manuel Carlos Silva é o candidato à Câmara Municipal, José Maria Cardoso é o candidato à Assembleia Municipal. Na apresentação intervieram ainda a mandatária Isabel Vale e a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.
Na sua intervenção, Manuel Carlos Silva começou por criticar o PSD, que esteve “mais de 30 anos” no poder em Barcelos. Este “foi o partido que distribuiu subsídios de modo clientelar e discricionário, que desperdiçou oportunidades e recursos” e sobretudo “cometeu um crime ao privatizar a água”, que é um bem público.
Sobre o PS, no poder nos últimos anos, o candidato acusou-o de, em vez de servir Barcelos e os barcelenses, se terem servido "para os próprios interesses e objetivos”. Criticou também os dissidentes do PS, “que agora se dizem ‘Barcelos do futuro’ e hoje estão coligados com o PSD”. Manuel Carlos Silva apontou ainda que “perante a falta de transparência da política, muitas pessoas são enganadas pela extrema-direita”, que “numa linguagem racista e xenofóbica, criminaliza os negros e os pobres, para esconder a defesa dos grandes grupos económicos”.
Compromisso com uma candidatura cidadã
Abordando a situação no concelho, Manuel Carlos Silva alertou para o declínio demográfico, para a inexistência de uma rede integrada de transportes, “sobretudo para as freguesias rurais” e para a falta de apoio a crianças, jovens e idosos. Criticou também a não construção do novo hospital apesar de ter sido aprovado no parlamento.
“Barcelos está num modelo de economia, em que a acumulação de capital se faz na base dos baixos salários, das baixas pensões, da discriminação salarial das mulheres”, criticou o candidato, apontando que essa situação leva a “baixa diversificação industrial e desigualdade a vários níveis”.
Para Manuel Carlos Silva, o Bloco tem sido, “em Barcelos e não só”, “a voz mais coerente na defesa das populações” e “apresenta candidatos e candidatas com um compromisso com uma candidatura cidadã”.
Soluções que permitam segurança económica e social
Para Manuel Carlos Silva, há que "qualificar as infraestruturas, melhorar as condições de vida e para isso é necessário, em primeiro lugar, ouvir as pessoas, conhecer as suas necessidades e os seus problemas”, disse, sublinhando que o debate com as pessoas é essencial para encontrar soluções que permitam propor segurança. “Segurança é um termo que a esquerda tem de recuperar” considerou o candidato, “segurança em termos sociais e económicos, obviamente, que permita relações de convivência para realizar objetivos”.
Manuel Carlos Silva defendeu a necessidade de introduzir métodos de participação, para combater a situação clientelar e a falta de transparência, para apoiar o associativismo e para “fazer destas eleições um momento de oportunidade para a mudança de políticas sociais e de políticas municipais, em que os eleitos prestem contas sobre dossiers nucleares”.
O candidato apontou outras propostas, nomeadamente a remunicipalização da água, a importância do saneamento básico, uma vez que há muitas freguesias que não têm, a descarbonização, a construção do novo hospital e a criação do metro no quadrilátero urbano Braga, Guimarães, Famalicão e Barcelos.
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