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Bloco contra a transferência das vacinas para as farmácias
A revelação foi feita no Jornal de Notícias, esta quarta-feira, e dá conta da pretensão do Ministério da Saúde em aproveitar a rede de farmácias para complementar o serviço de vacinação obrigatório passando este serviços para privados.
A notícia do JN vem na sequência da entrega de uma pergunta apresentada pelo deputado bloquista Moisés Ferreira onde se escreve que “o Bloco de Esquerda teve conhecimento de que estará a ser equacionada, pelo Ministério da Saúde, a transferência da competência de aquisição, distribuição e administração de vacinas do SNS para o sistema de saúde, que engloba também o sector privado.” O Bloco pede ainda ao ministro que “esta situação tem de ser clarificada e, a comprovar-se, revertida”, lê-se ainda na pergunta apresentada.
Em declarações ao esquerda.net, o deputado referiu que “não se justifica passar o Plano Nacional de Vacinação para as farmácias, tendo em conta que há uma cobertura de 90% do serviço de vacinação através do Plano Nacional de Vacinação”. Para o deputado, seria importante “reforçar os cuidados de saúde primários fazendo um acompanhamento mais intensivo por parte dos centros de saúde”, disse.
Para o Bloco de Esquerda, passar para as farmácias a vacinação representa um negócio cujo último destinatário seria a Associação Nacional de Farmácias (ANF) do grupo Alliance Healthcare. A transferência da vacinação para privados poderia vir a “trazer perturbações ao Plano Nacional de Vacinação” visto que há dados clínicos de utentes que estão na posse do Sistema Nacional de Saúde e que passariam para as farmácias. Por exemplo, “as informações do boletim de vacinas dos utentes de forma electrónica permitiriam dar acesso a dados sensíveis” alerta ainda Moisés Ferreira.
Comentários
Em vez de terem denunciado a
Em vez de terem denunciado a histeria do Sr. DGS, pediram o "reforço" do PNV. Sem primeiro terem pedido a verdade sobre as vacinas. Sem uma discussão honesta sobre elas, os seus benefícios e os seus malefícios. (Uma discussão honesta não é um Os Prós e os Contras em que o palco é por inteiro ocupado por uma das partes, isto é, um conjunto de pessoas arregimentadas pelo DGS e ele próprio.) Agora que as vacinas estão "reforçadas" (segundo o BE) e são "obrigatórias" (segundo o Público), temos o negócio privado a favor das farmácias que estão a passar mal. Como se as vacinas em si não fossem já suficiente negócio privado. A saúde do negócio acima da saúde das pessoas. Quem paga os danos decorrentes do PNV? Não há danos, só benefícios, não é? Só se vacina quem quer, não é? Ah! As crianças não decidem! Decidem os pais por elas! Mas se os pais decidem vaciná-las está tudo bem, só não está bem quando decidem não vaciná-las. E os pais não estão a ser coagidos a vacinar as suas crianças, pois não?
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