Porto

Bloco considera expulsão da Assembleia Municipal uma atitude “anti-democrática”

22 de novembro 2024 - 19:31

Comissão coordenadora concelhia do Bloco de Esquerda fala em ação "de extrema gravidade" e "atentatória da liberdade dos cidadãos".

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Logo da Assembleia Municipal do Porto.
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A comissão coordenadora concelhia do Porto do Bloco de Esquerda condenou esta sexta-feira a “atitude anti-democrática e atentatória da liberdade dos cidadãos” levada a cabo pelo Presidente da Assembleia Municipal do Porto ao expulsar uma cidadã durante a última sessão deste órgão.

Em comunicado aos órgãos de comunicação social, a comissão coordenadora concelhia do Porto lembrou que essa posição já foi expressa pela representante do Grupo Municipal do Bloco de Esqueda durante a própria sessão e carateriza a expulsão como “de extrema gravidade”, sobretudo porque a cidadã em questão fazia uma denúncia das “intimidações, ameaças e atos de violência” no contexto das manifestações pacíficas em defesa da Palestina.

“Não podia ter sido na Assembleia Municipal - órgão que zela pelo espaço de intervenção e fiscalização democrático do município - que esta situação de vulnerabilidade perante o que é descrito como uma escalada de agressividade culminaria numa intervenção policial para silenciar a sua expressão, exercida dentro dos limites da lei e do regimento”, considera o órgão concelhio do partido, que afirma que esta atitude envergonha a cidade e que o Presidente da Assembleia Municipal “demonstrou não estar à altura do cargo que ocupa”.

É ainda lembrado que as denúncias feitas pela cidadã expulsa reforçam a necessidade de medidas que sejam um sinal inequívoco de apoio à paz e de apelo ao cessar-fogo, num “genocídio em curso já condenado por várias instâncias internacionais”.

A comissão coordenadora concelhia do Porto defende que não permitirá “que o Porto se transforme num palco de tensões extremadas” e que o apoio e a proteção aos manifestantes são essenciais ao encontro desse propósito.