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Bloco apresenta projeto para ampliar Hospital Garcia de Orta

A proposta “para que haja investimento para a ampliação” vai ser apresentada esta semana. Catarina Martins salientou a necessidade de fixar profissionais no SNS e considerou “incompreensível” que o Estado pague mais a privados por testes PCR.
Delegação do Bloco com a administração do Hospital Garcia de Orta - Foto Andreia Quartau
Delegação do Bloco com a administração do Hospital Garcia de Orta - Foto Andreia Quartau

A coordenadora bloquista reuniu esta segunda-feira, 19 de julho, com o Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta, que apresentou um projeto de ampliação do hospital aos grupos parlamentares. Catarina Martins estava acompanhada por Joana Mortágua, deputada e vereadora da Câmara de Almada, e pelos dirigentes bloquistas Adelino Fortunato e Mário André Macedo.

Bloco vai apresentar projeto esta semana

“Apresentaremos ainda esta semana no Parlamento um projeto, precisamente, para que haja investimento para a ampliação do Garcia de Orta”, anunciou a coordenadora bloquista, lembrando que “o Garcia de Orta é um hospital que foi programado há 50 anos, funciona há 30 anos, foi programado para servir uma população de 150 mil pessoas e hoje serve mais de 300 mil pessoas”.

Catarina Martins referiu a falta de investimentos previstos para o distrito de Setúbal e, concretamente, para o Garcia de Orta, em Almada. "A ampliação do Hospital Garcia de Orta não está prevista neste momento, temos um programa de recuperação, a promessa de investimento, nomeadamente na saúde, mas é preciso não esquecer zonas com uma enorme pressão populacional”, defendeu. A dirigente do Bloco acrescentou que “a construção do Hospital do Seixal é um passo importante mas não resolve o universo geográfico e populacional muito vasto, que o Garcia de Orta deve servir”.

Necessidade de fixar profissionais

A coordenadora bloquista fez questão de chamar a atenção para um segundo problema, “muito presente na reunião”: a questão dos recursos humanos nos hospitais.

A coordenadora bloquista fez questão em chamar a atenção para um segundo problema, “muito presente na reunião”, a questão dos recursos humanos nos hospitais - Foto de Andreia Quartau
A coordenadora bloquista fez questão de chamar a atenção para um segundo problema, “muito presente na reunião”, a questão dos recursos humanos nos hospitais - Foto de Andreia Quartau

Catarina Martins relembrou que o SNS “tem tido dificuldade em fixar os seus profissionais” e que, apesar de estarem a ser feitas contratações para responder à pandemia, são contratações a termo, “a maior parte delas”. E acrescentou: “mantém-se o problema de profissionais com mais experiência, quer médicos, quer enfermeiros, quer técnicos, estarem a sair do SNS, porque as carreiras estão congeladas há muito tempo e não há incentivo”.

“É fundamental olharmos para a necessidade de fixação de profissionais do SNS”, reafirmou. A coordenadora bloquista lembrou que a questão da pandemia não vai desaparecer depressa, e que até se prevê novo pico em agosto, pelo que vai ser preciso contratar mais gente. E existem os “cuidados não covid que precisam de profissionais, em que há atrasos e há muito trabalho por fazer”, continuou.

“É fundamental olharmos para a necessidade de fixação de profissionais do SNS. Acresce que há muitos profissionais que foram sendo contratados e que devem ser vinculados”, frisou Catarina Martins, acrescentando que é preciso “vincular já”.

É incompreensível” que o Estado pague mais a privados por testes PCR”

Questionada pelos jornalistas, a propósito da notícia publicada pelo jornal Público esta segunda-feira sobre o facto de o Estado estar a pagar mais por testes PCR feitos nos laboratórios privados, Catarina Martins respondeu:

“É incompreensível que se vá pagar mais por testes PCR ou por qualquer outro tipo de teste”, afirmou. "A tecnologia evoluiu e a produção ficou mais barata” e, “por outro lado, o Estado está a contratar tanto que também devia ficar mais barato”, destacou.

“Creio que o Governo deve explicações ao país sobre porque é que vai pagar mais por testes PCR, quando todas as condições tecnológicas e de mercado indicam que se devia estar a pagar bem menos pelos testes PCR”, frisou a coordenadora bloquista. Catarina Martins lamentou ainda que, apesar de haver em Portugal condições para fazer os testes em instituições públicas portuguesas, o Governo tenha decidido "entregar os testes todos a laboratórios privados, fcando nesta situação de refém da negociação dos laboratórios privados”.

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