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Bloco afasta “dinâmica de partidarização" na escolha para a PGR

À saída de uma reunião com a ministra da Justiça, José Manuel Pureza criticou as forças partidárias que têm tentado influenciar para tirar proveito político da escolha para liderar a Procuradoria-Geral da República.
José Manuel Pureza. Foto Paulete Matos.

Na ronda de encontros com os partidos sobre a nomeação do titular do cargo de Procurador-Geral da República, a ministra Francisca Van Dunen esteve reunida esta quarta-feira com a delegação bloquista liderada pelo deputado José Manuel Pureza.

"Da parte da ministra da Justiça ouvimos a indicação de um conjunto de considerações que o Governo tem presente na escolha que há de apresentar ao Presidente da República, sendo que, como é óbvio, não falamos da escolha em concreto, nem isso fazia nenhum sentido", disse o deputado do Bloco à agência Lusa no final do encontro.

Para José Manuel Pureza, é "muito importante que este processo de escolha de quem venha a coordenar o Ministério Público não seja contaminado por qualquer dinâmica de partidarização".

"Fizemos questão de sublinhar isso, à cabeça. Nós procuramos não fazer nada - designadamente falar em nomes, em reconduções - que possa contribuir para adensar o clima de partidarização que esta questão assumiu nos últimos meses, com uma clara tentativa por parte de forças partidárias de influenciarem ou de tirarem qualquer tipo de proveito direto ou indireto da solução que venha a ser adotada", prosseguiu o deputado do Bloco.

Quanto aos aspetos positivos do desempenho do Ministério Público nos últimos anos, Pureza destacou “os passos difíceis, corajosos e determinados que têm vindo a ser dados por parte do Ministério Público no combate à corrupção”. Por outro lado, afirmou que “merecem preocupação” as violações do segredo de justiça, concluindo que “é preciso que quem venha para a PGR tenha uma atuação determinada, corajosa, muito decidida nesta mesma matéria”.

“Queremos que haja coisas aprofundadas e outras corrigidas. O nome que vier a ser proposto pelo Governo e decidido pelo Presidente da República deve ser o de alguém que dê garantias de fazer isto", concluiu José Manuel Pureza.

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