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Bloco acusa FMI e Governo de abrirem guerra ao país

Vítor Gaspar admitiu esta quinta-feira ter chamado o FMI e o Banco Mundial para o ajudarem a cortar 4 mil milhões na despesa pública. Para Catarina Martins, isto é "uma guerra que está aberta contra Portugal", dado que “ninguém acredita que um governo possa estar a estudar com o FMI a salvaguarda do Estado Social”.
Christine Lagarde, diretora do FMI e Vítor Gaspar estiveram juntos na reunião do Eurogrupo a 8 de outubro.

“Diz-nos o Governo que tem de salvar o Estado Social com o FMI. Não é verdade. Isto é uma guerra que está aberta contra Portugal e contra as pessoas que aqui vivem e aqui querem viver”, declarou Catarina Martins à agência Lusa sobre a nota publicada pelo ministro das Finanças, admitindo o convite aos técnicos do FMI e do Banco Mundial para aplicarem a Portugal o seu "profundo conhecimento e experiência no aprofundamento do corte da despesa". "A experiência do FMI por todo o mundo é de destruição do Estado Social”, recorda a deputada do Bloco de Esquerda.

Para Catarina Martins, a presença destes funcionários dos credores nos ministérios é mais um sinal de que os membros deste Governo “não param enquanto não privatizarem a saúde, não destruírem a escola pública, não destruírem tudo aquilo que foi conquistado ao longo de todos estes anos por quem trabalha em Portugal”.

Vítor Gaspar esclareceu esta quinta-feira que os detalhes sobre a presença da comitiva de técnicos foram "acordados no decorrer das reuniões anuais do FMI e Banco Mundial, que decorreram a 12 e 13 de outubro em Tóquio". Para o Bloco de Esquerda, a intenção desta colaboração é clara: “Esta é uma guerra aberta contra Portugal, contra o nosso país, contra o nosso Estado Social, contra aquelas conquistas que são essenciais ao futuro, essenciais à igualdade entre as pessoas, a um futuro que possa ser para todos e todas e não podemos deixar que assim continue”, concluiu Catarina Martins.

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