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Black Friday: trabalhadores da Amazon na Alemanha em greve

Para os consumidores é sinónimo de saldos. Para os trabalhadores da Amazon de ainda mais pressão. O Black Friday impôs-se como dia de descontos, apesar de alguns ativistas por todo o mundo denunciarem o consumismo e o desperdício ambiental que estão na base da jogada mercantil.
E este foi o dia escolhido pelos trabalhadores da Amazon na Alemanha para entrarem em greve. Foram mais de dois mil os que paralisaram no primeiro dia de uma greve que durará até à próxima terça-feira, seguindo ela própria o calendário as promoções agressivas.
A greve foi convocada pelo sindicato Ver.di, que conta com mais de dois milhões de sindicalizados no país e que informou que os centros de distribuição de Leipzig, Bad Hersfeld, Koblenz, Rheinberg, Werne e Graben foram os afetados.
O sindicato denuncia a “supressão de direitos básicos” na empresa e a “extrema pressão a que estão sujeitos.” Para o Ver.di, “o trabalho deles não pode ser obtido a preços baixíssimos”. Daí que se pretenda obter um acordo coletivo de trabalho que garanta “um salário digno e bons empregos". A Amazon continua a recusar-se a negociar um acordo coletivo de trabalho. E tem sido criticada por arranjar forma de, tendo lucros milionários, não pagar impostos nos EUA.
Orhan Akman, um dirigente sindical, em declarações à Deutsche Welle, explicou que há “muitos trabalhadores a ficarem doentes” devido à situação laboral da empresa
A data da greve pretende ser um sinal dizem os trabalhadores. Não é aliás a primeira vez que a Black Friday assiste a greves na Amazon. Em anos anteriores houve paralisações também em Espanha e na Grã-Bretanha.Este ano, o sindicato britânico GMB fez uma ronda de concentrações de protesto nos vários armazéns e centros de distribuição da Amazon no país.
To mark #BlackFriday, we’ve been protesting outside Amazon sites across the country to highlight the appalling conditions workers face.
Time for Amazon to listen. And start treating workers like humans - not robots.#BlackFriday2019 pic.twitter.com/Fe65XMQ76s
— GMB UNION (@GMB_union) 29 de novembro de 2019
E também a Confederação Sindical Internacional aproveitou a data para criticar o modelo de exploração laboral da empresa. Segundo esta estrutura sindical, e apenas na Grã-Bretanha, nos últimos três anos mais de 600 ambulâncias foram chamadas a instalações da Amazon e os inquéritos feitos resultaram em 87% trabalhadores a reportar que têm dores constantes enquanto estão no local de trabalho. O lema adotado foi assim #AmazonWeAreNotRobots, Amazon, não somos robots.
.@amazon is the world’s biggest online retailer with revenues of $232.9 Bil, yet 89% of its employees are exploited & are denied their right to form a #union.
This #BlackFriday unions say #AmazonWeAreNotRobots!
✍️https://t.co/AK8nhNj2j6 #BreakUpAmazon #AmazonPayYourTaxes pic.twitter.com/k72lizYmjZ
— ITUC (@ituc) 29 de novembro de 2019
The world’s biggest online retailer makes its fortune at the expenses of its workers, with unsafe working conditions and a strict no-union policy!@AmazonUK don’t make this a #BlackFriday for your workers!
✍️https://t.co/AK8nhNj2j6 #AmazonWeAreNotRobots #BlackFridayAmazon pic.twitter.com/4jWs2ppc6a
— ITUC (@ituc) 29 de novembro de 2019
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