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Biden quer imposto mínimo sobre multimilionários e agravar o da recompra de ações

Propostas anunciadas pelo presidente norte-americano no discurso do Estado da União podem não passar do papel, dado que contam com a oposição dos Republicanos em maioria na Câmara dos Representantes.
Foto Erin Scott/Casa Branca - Flickr

O discurso do Estado da União no Congresso, esta terça-feira, ficou marcado este ano pela Lei de Redução de Inflação e proteção da indústria norte-americana face à China.

Além deste pacote de apoio à descarbonização da indústria e apoio ao setor da saúde, numa despesa total de 430 mil milhões de dólares, o presidente dos EUA apresentou propostas de tributação de ganhos de capital e riqueza.

Por um lado, propõe um aumento de quatro vezes sobre o imposto de 1% sobre as recompras de ações que entrou em vigor em janeiro. A ideia é desincentivar os retornos aos acionistas e encaminhar as empresas para investimentos reais.

Por outro, pretende reavivar o plano de um imposto mínimo sobre multimilionários. Tal como já tinha avançado no orçamento federal de 2023, Biden pretende criar um imposto de 20% sobre a riqueza líquida acima dos 100 milhões de dólares.

Na segunda-feira, em comunicado de imprensa, a Casa Branca sublinhou que a taxa de imposto médio sobre multimilionários é de 8%, defendendo assim que “este imposto mínimo garantiria que os americanos mais ricos deixem de pagar uma taxa de imposto menor do que professores e bombeiros”.

Estas vão em linha com o relatório recentemente publicado pela Oxfam que defendia a tributação da riqueza como resposta ao financiamento necessário para responder à crise e combate às desigualdades. 

Contudo, as propostas afiguram-se difíceis de serem aprovadas uma vez que o Senado está dividido e os republicanos, que se opoem a estas medidas, controlam agora a Câmara dos Representantes.     

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