Bancários na rua contra propostas de aumentos salariais de 2,5%

12 de janeiro 2023 - 12:44

Em frente às sedes do Novo Banco, BPI e Santander protesta-se contra propostas de aumentos consideradas “indignas” e contra o empobrecimento dos bancários.

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Foto de ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA.

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários convocou manifestações em frente às sedes do Novo Banco, BPI e Santander em Lisboa para contestar as suas propostas de aumentos salariais. A manhã foi passada na rua Barata Salgueiro, onde fica a sede do Novo Banco, a hora de almoço na Fernão Lopes, na do BPI, e a tarde na Rua da Mesquita, na do Santander.

Este sindicato tinha feito uma proposta de aumentos salariais de 6,25% a que as empresas responderam com uma contra-proposta de 2,5%, depois de em 2022 os aumentos terem sido apenas de 1,1%. Em comunicado conclui-se que a proposta recebida “não cobre as expectativas de crescimento da inflação em 2023 e muito menos permite recuperar o que foi perdido em 2022”.

Em declarações à Lusa, Paulo Gonçalves Marques, considerou a proposta dos bancos “indigna”, explicando que “esta proposta não tem em conta tudo aquilo que nós argumentámos, nomeadamente os ganhos de produtividade, a rendibilidade dos capitais próprios, os níveis de imparidades e as demais condições de exploração das empresas bancárias estão em níveis recorde pela positiva dos últimos 20 anos”.

À TSF, o mesmo dirigente avança que, pelo contrário, a proposta sindical “é um pedido muito realista”, fundamentado “de forma exaustiva”, “olhando às condições económico-financeiras das empresas, à sua sustentabilidade a longo prazo”. Como “a inflação disparou, a realidade dos capitais da banca melhorou, o nível de imparidades está bastante baixo”. Assim, “havia todas as condições para que em 2023 não continuasse o processo de empobrecimento”.