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Ativistas pelos direitos das mulheres detidas na Arábia Saudita

Segundo organizações de defesa dos direitos humanos, na última semana foram detidas sete ativistas dos direitos das mulheres na Arábia Saudita. O motivo das detenções ainda não foi revelado.
Ativistas pelos direitos das mulheres detidas na Arábia Saudita
Imagem via Twitter.

A organização de direitos humanos Human Rights Watch denunciou em comunicado a detenção de sete ativistas pelos direitos das mulheres na Arábia Saudita desde dia 15 de maio. 

As sete mulheres são ativistas pela igualdade de direitos e há muito que defendiam o direito de condução e o fim do sistema de tutela masculina que dá aos homens o controlo completo da vida das mulheres. 

Embora a acusação que deu origem a estas detenções não seja ainda clara, a comunicação social do país tem caracterizado estas mulheres como traidoras que foram detidas por ameaçarem a “unidade nacional do país”, afirmou Rothna Begum, ativista da Human Rights Watch.

“O que sabemos é que o príncipe saudita quer deixar claro que todos os cidadãos são seus súbditos, que devem estar gratos por quaisquer liberdades que lhes forem garantidas, mas que não devem exigir mais direitos”, afirmou a ativista à Al Jazeera, esclarecendo que qualquer pessoa que expresse algum ceticismo face à agenda de direitos humanos do príncipe Mohammad bin Salman corre risco de prisão.

Ainda segundo a Human Rights Watch, as ativistas receberam ordens para não fazer declarações à imprensa aquando da divulgação do decreto que veio anular a proibição de condução por mulheres.

Entre as detidas encontra-se a blogger Eman al-Nafjan e Lujain al-Hathloul, uma ativista pelos direitos das mulheres presa anteriormente durante 75 dias por ter desafiado a proibição de condução. 

O príncipe saudita tem recebido elogios pelo fim da proibição de condução por mulheres, reforma essa feita no âmbito do plano Visão 2030. Porém, o sistema de tutela masculina continua em vigor. Segundo esta, as mulheres necessitam de autorização de um familiar do sexo masculino - geralmente o pai, marido ou irmão - para poderem fazer coisas como estudar e viajar. As ativistas sauditas afirmam que o fim da tutela masculina é essencial para a luta pelos direitos das mulheres.

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