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Ativistas convocam greve climática para 13 de março

A greve insere-se na iniciativa internacional “Fridays for Future” e tem por objetivo colocar na agenda as questões ambientais e pressionar os governos de todo o mundo a adotar medidas no sentido de atingir “as metas para a neutralidade carbónica”.
Ativistas convocam greve climática para 13 de março
Foto de Paula Nunes.

Os jovens ativistas portugueses pelo clima convocaram a próxima greve para dia 13 de março. Inserida na iniciativa internacional “Fridays for Future”, esta greve procura colocar na agenda as questões ambientais e pressionar os governos de todo o mundo a adotar medidas no sentido de atingir “as metas para a neutralidade carbónica”.

No texto que convoca a greve, a organização da Greve Climática Estudantil (GCE) faz saber que o objetivo da nova mobilização passa por promover uma "onda pela justiça climática na primavera de 2020", depois dos quatro movimentos nacionais organizados ao longo do ano passado.

Para além das manifestações também são organizadas iniciativas a nível regional com objetivo de consciencializar o poder local e nacional, cujos líderes os ativistas consideram ainda não ter dado uma "resposta suficientemente ambiciosa, face à ameaça cada vez mais intensificada da crise climática”.

“Mesmo após milhares de estudantes, professores, cidadãos e trabalhadores terem saído às ruas para exigir justiça climática já, a ação urgente e estrutural não foi ainda tomadas”.

Como exemplo citam o Orçamento do Estado recentemente aprovado que afirmam desviar-se "do compromisso de atingir as metas para a neutralidade carbónica" até 2030 através de iniciativas como a construção do novo aeroporto no Montijo, a exploração de gás e de lítio, as dragagens no rio Sado ou o serviço insuficiente da rede nacional de transportes públicos.

“Saímos de novo às ruas para reivindicar o cancelamento da construção do aeroporto do Montijo;  o fim das concessões para explorar combustíveis fósseis em Portugal; o investimento e a eletrificação da ferrovia, de modo a torná-la mais inclusiva e ajustada às necessidades da população; a transição energética justa através da criação de um setor público que lidere o processo de produção de energia renovável; a requalificação justa dos trabalhadores dos setores poluentes, nomeadamente da central de Sines”.

Os ativistas portugueses querem que sejam introduzidas medidas que possibilitem "abrir caminho para a construção de uma sociedade que se adapte aos efeitos das alterações climáticas", a nível nacional e também global.

Confirmadas já estão manifestações em Lisboa (15h00), Porto (hora a definir), Aveiro (10h30), Penafiel (10h30) e Pico (10h30), existindo o objetivo de alargar ainda mais a adesão à greve às aulas.

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