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Ativistas climáticos cortaram a Segunda Circular

Nove ativistas da Climáximo interromperam esta terça-feira a circulação na Segunda Circular, em Lisboa, no sentido Benfica-Aeroporto, junto às Torres de Lisboa onde fica a sede da Galp. Os ativistas sentaram-se no chão e o protesto durou até que alguns automobilistas os obrigaram à saída da estrada, incluindo através de agressões.
Mesmo com a estrada desimpedida, o protesto continuou com dois ativistas a pendurarem-se na ponte pedonal com uma faixa com a frase "Os governos e as empresas declararam guerra à sociedade e ao planeta". A curiosidade dos automobilistas ajudou à lentidão do trânsito no local.
Em declarações à TSF, Noah Zino explicou que "estamos aqui porque, efetivamente, os governos e as empresas declararam guerra à sociedade e ao planeta unilateralmente", acrescentando que "as emissões de Portugal matam a cada dois dias as mesmas pessoas que morreram em Pedrógão Grande".
O ativista foi um dos agredidos pelos automobilistas e diz entender "perfeitamente que as pessoas que sejam incomodadas pelas nossas ações as sintam como radicais, mas sabemos também que a continuação da emissão de gases com efeito estufa para a atmosfera, que neste momento está a matar de centenas de milhares de pessoas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, é um ato de violência", tal como "a miséria estrutural que se vive em Portugal, porque as casas não são isoladas e morrem milhares de pessoas em ondas de calor".
À CNN Portugal, deixou a promessa de que "não vamos parar porque sabemos que os governos e as empresas não estão a parar, estão a continuar com projetos completamente insanos e genocidas de um aeroporto e um gasoduto. Então sabemos que temos de parar a normalidade".
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