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Associação Animal alerta para a sobrelotação de canis e gatis

A associação alertou os grupos parlamentares para a ncessidade de saber se é garantido o cumprimento do não abate nestes centros de recolha oficiais. Bloco questionou o governo sobre restrições à circulação de cuidadores de colónias de gatos não reconhecidas pelos municípios.
Cães num Canil. Fotografia por Robert van Rijn/Flickr

No final da semana passada, a ANIMAL abordou os Grupos Parlamentares no sentido de questionarem o Governo sobre o cumprimento do não abate nesses centros, juntando também mais preocupações como a existência de um plano de gestão para lidar com a sobrepopulação nos Centros de Recolha Oficiais (CRO’s) e saber se está acautelado apoio médico-veterinário a animais acidentados recolhidos ou abandonados. A ONG indica que ter recebido mensagens de cidadãos sobre as normas de funcionamento atuais dos CRO’s, que se encontram apenas a recolher animais em casos extremos e não os deixando sair, devido à crise pandémica.

Apesar de considerar como compreensíveis os cuidados acrescidos no presente cenário e que as medidas de distanciamento devem cumpridas à regra, Rita Silva, presidente da ONG, refere que a preocupação da associação se centra no facto dos CRO’s já se encontrarem cheios antes, temendo que “a situação se venha agora a tornar verdadeiramente insustentável, colocando as condições de bem-estar e mesmo a vida desses animais em risco.”

Ainda em comunicado citado pela Lusa, a mesma dirigente refere que a associação entende as atuais dificuldades e tem “noção de que no meio desta crise, os animais não serão uma prioridade para o Governo”, acrescentando que haverá algo a fazer e que a ANIMAL está disponível para fazer parte da solução ponderada e sensata, “querendo prevenir um caos maior”.

A ONG afirma-se ainda preocupada com os pombos na cidade, que não têm forma de se alimentar agora, com o fecho das esplanadas, solicitando que seja temporariamente levantada a proibição de alimentação destes animais.

Bloco questiona governo sobre liberdade de circulação de cuidadores de colónias de gatos não reconhecidas pelos municípios

Na semana passada, a deputada Maria Manuel Rola questionou, em conjunto com os deputados José Maria Cardoso e Ricardo Vicente, as ministras da Agricultura e da Modernização Administrativa acerca das preocupações das pessoas que cuidam de colónias de gatos no espaço público, muitas vezes não reconhecidas pelos respetivos municípios.

Com a declaração do estado de emergência no país, esse não reconhecimento ameaça a liberdade de circulação dessas cuidadoras, pondo assim em risco a alimentação e o bem-estar  dessas colónias. "Este é um problema com bastante expressão em Portugal e as cuidadoras não deixam de cuidar dos animais por estes não se encontrarem reconhecidos. Aliás, muitas delas esterilizam os animais ao seu cuidado a suas expensas, de forma a controlar a reprodução da população de gatos e manter as colónias e animais errantes controlados", afirmam os deputados bloquistas.

O Bloco defende ainda que "deveria existir um registo central com a possibilidade de registo das colónias a nível das direções gerais, para que possa existir uma visão e informação mais global sobre a real existência de colónias", bem como a criação de um registo, também a nível nacional, "que antecipe este e outros problemas advindos da falta de reconhecimento e do tratamento na base da informalidade de alguns municípios".

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