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Assédio moral: direção da Tapada de Mafra multada em 41 mil euros

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas, a Autoridade para as Condições do Trabalho multou em 41 mil euros a Direção da Tapada de Mafra por assédio moral. Os trabalhadores dizem que chegam assim ao fim “quatro anos de humilhações e destratos”.
Trabalhadores da Tapada de Mafra em protestos contra o assédio moral.
Trabalhadores da Tapada de Mafra em protestos contra o assédio moral. Fonte: CGTP.

A decisão da Autoridade para as Condições do Trabalho é de 26 de fevereiro. Mas só foi conhecida esta quarta-feira quando o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas divulgou uma nota à imprensa em que referia que a Direção da Tapada de Mafra tinha sido multada em 41 mil euros por assédio moral.

Neste comunicado, intitulado “A justiça pode tardar, mas não falha”, os trabalhadores informam ainda que a ACT culpabiliza toda a direção da Tapada por “dolo na forma direta” por “ter tido conhecimento da conduta da Presidente e nada ter feito, sendo solidários no pagamento da coima aplicada”. A ACT, citada pelo sindicato, diz que "não é admissível que, tendo conhecimento da conduta da sua diretora, resultando em consequências graves na saúde física e psicológica de alguns trabalhadores e na rescisão dos respetivos contratos de trabalho, se tenha conformado com esse resultado”.

A mesma fonte indica que a ACT deliberou que Paula Cristina Cabaço Simões, a presidente em causa, “agiu de forma consciente e com forte determinação do resultado de humilhar e denegrir a imagem dos trabalhadores, com vista a afastá-los da Tapada, o que veio a acontecer com muitos trabalhadores perante o ambiente hostil e degradante e afetados na sua dignidade”.

Assim, o sindicato julga que os trabalhadores “conseguiram, finalmente, ver fim ao processo de condenação por assédio moral da Presidente da Direção da Tapada Nacional de Mafra”. Para estes trabalhadores “foram quase 4 anos de humilhações e destratos; foram 11 os trabalhadores que se demitiram por não terem aguentado a hostilidade e o terror; foram longas as horas de sofrimento; foi avassalador o rasto de destruição que esta pessoa deixou nos trabalhadores e na Tapada”.

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