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Angola: Bloco Democrático junta-se à CASA-CE

O Bloco Democrático “reafirma a necessidade de um pacto político geral pela Mudança do regime e pela preservação das forças democráticas e progressivas” e decide integrar a coligação CASA-CE.
O Bloco Democrático decidiu juntar-se à coligação CASA-CE
O Bloco Democrático decidiu juntar-se à coligação CASA-CE

O Bloco Democrático decidiu juntar-se à coligação CASA-CE (Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral) para disputar as próximas eleições.

O Bloco Democrático (BD) tomou a decisão no dia 22 de abril, na 5ª reunião do seu Conselho Nacional.

As eleições em Angola já foram convocadas para 23 de agosto de 2017, pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

Decisão tomada após um ano de conversações”

Segundo o Angola 24 Horas, o presidente do Bloco Democrático, Justino Pinto de Andrade, revelou que a decisão de formalizar a adesão à coligação eleitoral foi tomada “após um ano de conversações”.

"A vontade de adesão está consumada numa decisão do conselho nacional do partido tomada no sábado [22 de abril de 2017]. Elaborámos o documento que será entregue hoje e agora teremos de formalizar tudo isso a nível das instâncias judiciais. Até aqui não há qualquer problema, é uma vontade soberana do conselho nacional", declarou Justino Pinto de Andrade à agência Lusa.

O presidente do Bloco Democrático, Justino Pinto de Andrade, revelou que a decisão de formalizar a adesão à coligação eleitoral foi tomada “após um ano de conversações”

O presidente do Bloco Democrático, Justino Pinto de Andrade, revelou que a decisão de formalizar a adesão à coligação eleitoral foi tomada “após um ano de conversações”

O presidente do BD disse ainda que partido tenciona concorrer às eleições integrado na coligação, mas "mantendo a sua identidade própria". A participação na coligação deverá manter-se após as eleições. "É evidente que o nosso trabalho não se esgota apenas no ato das eleições, mas nós temos também uma sequência de interações depois, ao longo sobretudo do futuro do nosso país, e naturalmente aí tem que haver uma renovação de vontades", acrescentou ainda Justino Pinto de Andrade.

O presidente da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, manifestou a sua satisfação pela decisão de integrar a coligação, segundo o Angola 24 Horas. Chivukuvuku disse que o BD é um “bom partido” e que "a CASA-CE é o fenómeno político do presente, a CASA vai ser o governo de Angola a partir de agosto e todos os bons juntam-se aos bons".

O Bloco Democrático será o quinto partido integrante da coligação. A CASA-CE foi a terceira força mais votada nas eleições de 2012 em Angola e foi constituída por quatro partidos políticos: Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), Partido Pacífico Angolano (PPA) e PAADA - Aliança Patriótica.

Necessidade de um pacto político geral pela Mudança do regime”

No comunicado da 5ª reunião do seu Conselho Nacional, o BD de Angola aponta que “a situação política nacional se caracteriza pelo aumento da intolerância política, pelo reforço da hegemonia do partido do poder no espaço público, pelo incremento do medo, da repressão e do condicionamento dos eleitores, entre outros constrangimentos”.

Perante essa situação, o partido “reafirma a necessidade de um pacto político geral pela Mudança do regime e pela preservação das forças democráticas e progressivas”.

O BD aponta também que defendia “uma ampla coligação de toda a oposição”, mas perante a iimpossibilidade dessa coligação “decidiu participar da coligação CASA–CE, usufruíndo dos mesmos direitos e partilhando dos mesmos deveres que os partidos integrantes da referida Coligação e mantendo, como os demais, a sua identidade partidária”.

O BD reafirma também “a sua opção pelo fim do regime autoritário e o seu compromisso nacional com a Educação, com a luta pelo acesso à água potável para toda a população, por um programa alargado para a Saúde, pela consagração de um sistema universal de Assistência Social, por um plano de implantação imediata das autarquias e pelo fim imediato da política de pilhagem nacional, a que chamam 'acumulação primitiva de capital' que concretize uma mudança política, económica e social do país, objectivo ao qual espera ver associada a Sociedade Civil e todos os cidadãos de boa vontade”.

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