Ambientalistas criticam “farsa” do Programa Nacional de Barragens

19 de abril 2016 - 18:39

A GEOTA e a LPN consideram o Programa Nacional de Barragens “uma farsa” e defendem que o governo deve cancelar outras construções, para além das três anunciadas esta semana pelo ministro do Ambiente.

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Rio Tâmega, foto de Fernando DC Ribeiro/Flickr.

Na segunda-feira, o governo anunciou o resultado da sua revisão do Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico, com o cancelamento da construção prevista das barragens do Alvito (Tejo) e de Girabolhos (Mondego) e suspender, por três anos, a da barragem do Fridão (Tâmega).

Para a LPN e a GEOTA, o cancelamento definitivo das duas barragens “é positivo”, mas prometem continuar a lutar contra a construção de outras barragens inseridas num plano que consideram “uma farsa”.

"Nem autarcas, nem associações de defesa do ambiente ou desenvolvimento local foram envolvidos no processo ou tiveram oportunidade para discutir o relatório. O Governo apenas negociou com as elétricas e acabou por decidir, exclusivamente, em nome dos interesses dessas empresas e não em nome do interesse nacional", queixam-se num comunicado citado pela agência Lusa.

Para além de continuarem “a lutar contra a construção das barragens de Daivões, Gouvães e Alto Tâmega”, as duas associações ambientalistas prometem também continuar a defender a suspensão imediata dos trabalhos na barragem de Foz-Tua, “pelo crime ambiental, social e económico e pelos diversos incumprimentos e ilegalidades cometidas”.