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Altice: trabalhadores suspendem greve por causa do temporal

Os trabalhadores da Altice tinham marcado greve para sexta-feira, dia 9, em luta por aumentos salariais face ao aumento da inflação, o que a administração recusa. Face ao temporal e porque há reparações urgentes, suspenderam-na em nome dos "interesses das populações afetadas".
Edifício da Altice, em Lisboa. Fotografia: Google Street View

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV), Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações (STT), Federação dos Engenheiros (FE) e o Sindicato de Quadros das Comunicações (SINQUADROS) são as estruturas representativas dos trabalhadores que, em conjunto, convocaram a greve dos trabalhadores da Altice para a sexta-feira, 9 de dezembro. 

Em comunicado, referem que esta medida se tornou “inevitável” perante a “continuada intransigência e arrogância” da administração da Altice Portugal. Em causa está a recusa por parte da empresa de um aumento salarial intercalar, tal como proposto pelas estruturas sindicais. Foi apresentada uma contra-proposta que “ignora a inflação de 2022 e é uma afronta e provocação aos trabalhadores”.

Consequentemente, os trabalhadores decidiram partir para a greve. Além de aumentos salariais, os trabalhadores lutam também “em defesa do Sistema de Saúde”. 

Para além da greve, marcaram concentrações em quatro locais do pais, às 14h30. Em Lisboa reúnem-se em Picoas, em frente a sede da Altice. No Porto a concentração é na Rua Tenente Valadim, também em frente às instalações da Altice. No Funchal concentram-se na Avenida Zarco e em Ponta Delgada, na Praça Vasco da Gama.

Só que, na sequência do temporal de dia 7 que "certamente deixou uma enorme quantidade de avarias que requerem reparação urgente" e também da possibilidade de repetição de outros eventos climáticos extremos, estes sindicatos decidiram suspender a greve.

Anunciam assim que esta será reagendada posteriormente "em função do decorrer do processo negocial salarial e da situação dos planos de saúde".

A decisão é justificada por se colocar "os interesses das populações afetadas nos seus meios de comunicações acima dos interesses dos trabalhadores".

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