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Alterações climáticas causam problemas graves de saúde

Segundo a Global Health Aliance da Austrália as alterações climáticas podem causar efeitos como asma, depressão e outras doenças psicológicas, defeitos de nascimento, entre vários outros problemas de saúde.
Gráfico de palavras relacionadas com aquecimento global.
Gráfico de palavras relacionadas com aquecimento global. Imagem de woodleywonderworks. Flickr

A GHAA, Aliança Australiana para a Saúde Global, é uma ONG que junta organizações especializadas em questões de saúde que promove o “desenvolvimento sustentável através da melhoria da equidade na saúde” e que defende o combate à pobreza e desigualdade social.

Num estudo publicado esta semana, a GHAA avaliou os impactos regionais na Ásia-Pacífico do aquecimento global, nomeadamente nas zonas onde os desastres naturais estão a ocorrer com mais frequência e a agricultura está a ser afetada por ondas de calor. Nestas zonas, “os filhos das mulheres que sofreram danos, entre moderados e severos, por casos objetivamente avaliados e vinculados com as tempestades, sobretudo entre o primeiro e segundo trimestres de gravidez, perderam capacidades cognitivas” como défices de vocabulário, problemas de aprendizagem, obesidade e problemas mentais na adolescência

A investigação sublinha os problemas de saúde mental causados pela escassez de recursos e pelos desastres naturais e os efeitos stressantes que, para além de atingirem adultos e crianças, “se ocorrerem em mulheres, especialmente durante a gravidez, podem mudar os precursores de adipócitos durante o desenvolvimento fetal”.

Com o calor, as pandemias transmitidas por mosquitos aumentam, tal como os problemas derivados da deterioração da qualidade do ar e da água, como a asma, as alergias, pneumonia ou diarreias.

Por sua vez, o aumento do nível do mar e os desastres naturais colocam em causa as produções agrícolas, o que causa problemas de malnutrição. Estima-se que em 2050 as colheitas de milho, trigo, arroz ou soja irão cair pelo menos 10%.

Segundo a ONG, é preciso começar por reconhecer estes impactos e introduzir programas de formação para profissionais de saúde que os preparem para estas circunstâncias. Os responsáveis pelo estudo, o diretor executivo da GHAA, Misha Coleman, e o professor de Saúde na Universidade de Sydney, Anthony Capon, defendem que a prevenção primária seja a “principal prioridade” neste âmbito.

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