Turismo

Almada aprova taxa turística após anos de insistência do Bloco

30 de outubro 2024 - 10:20

Com os votos contra do PSD e da CDU, a Câmara de Almada juntou-se finalmente a mais de 30 cidades portuguesas que já aplicam esta taxa. Bloco promete lutar para que a receita sirva para garantir o direito à habitação no concelho.

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Parque Urbano da Costa da Caparica
Parque Urbano da Costa da Caparica. Foto Carlos Valadas | CMA

A proposta de aplicar a taxa turística em Almada tinha sido apresentada desde 2019 pela vereadora bloquista Joana Mortágua, mas sempre recusada pelo PS, PSD e CDU. Mas esta segunda-feira o PS mudou de posição e finalmente reconheceu a necessidade de avançar com esta forma de o turismo também contribuir para o orçamento municipal.

Em comunicado, a concelhia do Bloco de Esquerda de Almada voltou a sublinhar a sobrecarga que o fluxo de turistas significa para “os serviços de recolha do lixo, no ambiente e sobre os preços de bens e serviços locais”, ajudando assim à “acentuação de desigualdades económicas entre as comunidades locais”. E defende ainda que a taxa turística deve financiar investimentos municipais em habitação acessível neste concelho que é um dos mais afetados pela especulação imobiliária.

Ainda sobre a votação da proposta pelos vereadores, a concelhia bloquista de Almada destaca “o ziguezague do PSD nesta matéria”, pois tinham incluído a medida no seu programa eleitoral, apesar de a terem chumbado no anterior mandato. Já este ano, quando o Bloco levou a medida ao debate, “a vereação do PSD garantiu que havia um consenso generalizado sobre medida, afirmando até que as propostas do Bloco eram redundantes uma vez que os serviços municipais de Turismo (área do pelouro da vereação do PSD) já estariam a trabalhar nesse sentido”. Mas confrontados com a votação final da proposta, “a vereação do PSD afirmou, em nome da sua estrutura concelhia, ser contra a taxa turística, contrariando a sua posição recente”.

Termos relacionados: Política Almada