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Aliviar IRS de quem trabalha e avançar com englobamento para criar mais justiça fiscal

Frisando que “um país em que os salários e as pensões pagam mais impostos do que rendimentos do capital é um país muito injusto”, Catarina Martins defendeu a necessidade de criar mais escalões de IRS e avançar com uma medida de justiça fiscal, que é o englobamento deste imposto.
Foto de José António, Lusa.

À margem de uma visita que fez ao Festival dos Míscaros, em Alcaide, concelho do Fundão, Catarina Martins explicou que o seu Bloco avançou com esta medida dupla sobre o IRS nas negociações com o Governo que estão em curso.

"Nós achamos que é preciso aliviar o IRS de quem trabalha. Quem trabalha em Portugal paga muitos impostos sobre o seu salário e sobre a sua pensão. E nós temos há muito uma discussão com o ministro Mário Centeno sobre a necessidade de criar mais escalões [IRS]", avançou a coordenadora do Bloco.

Catarina Martins lembrou que, após muitas reticências, o Governo acabou por criar, na última legislatura, mais escalões de IRS, mas alerta que é preciso continuar esse caminho no próximo Orçamento de Estado.

"Ao mesmo tempo, propomos uma medida de justiça fiscal que é o englobamento no IRS, para que aquelas pessoas cujo rendimento não vem do trabalho, mas vem, por exemplo, de ações, paguem de impostos o mesmo que paga quem vive do seu salário ou da sua pensão”, vincou

De acordo com a dirigente bloquista, “um país em que o salário e a pensão pagam mais impostos do que os rendimentos do capital é um país injusto".

Catarina Martins assinalou que “a fórmula certa para construirmos o alívio fiscal de quem vive do seu trabalho é fazermos, ao mesmo tempo, um caminho de englobamento de IRS que faz com que quem ganhe milhões com rendimentos de capital e rendimentos prediais passe a pagar taxas idênticas àquelas que paga quem vive do seu trabalho e da sua pensão”.

“Este caminho é essencial”, referiu, adiantando que “a escolha do Bloco é clara: nós escolhemos defender quem vive do seu trabalho, quem trabalhou toda uma vida”.

“Proteger os salários e as pensões tem de ser uma prioridade do nosso país”, rematou.

Nova Lei de Bases da Saúde tem de ser levada à prática nesta legislatura

Catarina Martins voltou a reforçar a ideia de que é necessário mexer nas carreiras do Serviço Nacional de Saúde”, fazendo “caminho para a dedicação plena e para a exclusividade no SNS”, o que implica a existência de carreiras mais atraentes, que respeitem os profissionais, e melhores condições de trabalho.

A coordenadora bloquista sinalizou que a exclusividade não deve, no entanto, ser aplicada somente aos novos médicos, mas também aos diretores dos serviços.

Catarina Martins deu ainda destaque ao problema da formação de especialistas em Portugal, lembrando que o Bloco tem alertado para a necessidade da abertura de vagas para a formação de especialistas e para a abertura de vagas para contratação de especialistas mal eles sejam formados.

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