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Alemanha e França entram em recessão histórica

Alemanha e França registaram quebras significativas do PIB, sinalizando uma recessão de proporções históricas. As condições económicas agravam-se numa altura em que o Eurogrupo tarda em chegar a consenso sobre uma resposta comum.
Paris em quarentena. Foto: Charlievdb/Flickr
Paris em quarentena. Foto: Charlievdb/Flickr

A Alemanha e a França entraram numa profunda recessão económica, que se prevê que assuma proporções históricas. O surto de coronavírus e as medidas de distanciamento social que interromperam a atividade económica prometem varrer em poucos meses os resultados do crescimento alcançado durante anos.

O PIB francês caiu 6% no primeiro trimestre deste ano, a maior quebra registada desde 1945 de acordo com o Banco de França. O país já se encontrava em recessão técnica no trimestre anterior e estes números revelam o agravamento das condições da atividade económica no país, que sofreu um colapso de 32% em Março.

Já na Alemanha, os principais institutos económicos preveem uma queda de 9,8% no segundo trimestre (de abril a junho), o que, a confirmar-se, constitui a maior quebra desde que os registos começaram a ser feitos em 1970. Este colapso tem também o dobro da dimensão do pico registado na crise financeira de 2008.

Estes dados mostram a dimensão do colapso que os países europeus atravessam, numa altura em que os ministros das Finanças da Alemanha e França parecem ter alinhado a posição no Eurogrupo para um acordo que preveja empréstimos com condicionalidade associada aos restantes. A imposição da consolidação orçamental aos países que se endividem tem sido recusada por Itália e está a bloquear a definição de um plano de resposta à crise na UE.

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