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Al Berto ilustrado por 26 artistas
É o universo de Al Berto recriado por imagens alheias num instituto que já foi papal. Não seria talvez esse o tipo de missão que estava na mente de Clemente XII quando patrocinou a criação da Fondazione della Calcografia Nazionale, percursora do Istituto Centrale per la Grafica, em Roma, onde, esta quinta-feira, a exposição coletiva Orto di Incendio: 26 Artisti Portoghesi su Al Berto abriu ao público.
A partir de novembro e até fevereiro de 2020, o espaço será outro, bem mais próximo, o Museu do Chiado, em Lisboa.
O desafio para a exposição partiu de Federico Bertolazzi, professor de literatura portuguesa na Universidade de Roma Tor Vergata e tradutor para italiano, junto com Claudio Trognoni, do livro Horto de Incêndio para a editora Passigli em 2018. Ana Natividade, da oficina de gravura da MArt, concretizou a ideia convidando 26 artistas desta escola, alguns dos quais alunos.
A proposta de Bertolazzi era uma interpretação livre dos poemas de Horto de Incêndio. No texto de apresentação da exposição escreveu que esta “é uma homenagem livre e apaixonada a um poeta que marcou com força a cena literária e artística do seu país”. Um poeta que “conseguiu dar corpo a uma inquietação partilhada por muitos, e as suas palavras encarnaram uma espécie de grito colectivo que, partido das entranhas do ser, ousou erguer-se contra a morte”.
O resultado foram cerca de 60 obras da autoria de Alexandre Conefrey, Ana João Romana, Ana Natividade, André Almeida e Sousa, Carlos Corais, Constança Arouca, Francisca Carvalho, Frederico Pratas, Gonçalo Beja da Costa, Inês Soares, João Cochofel, João Decq, João Jacinto, João Queiroz, Luís Almeida, Luís Manuel Gaspar, Luís Silveirinha, Maria Joana Santos, Mariana Dias Coutinho, Marta Amaral, Musa paradisiaca, Paulo Brighenti, Pedro Sousa Vieira, Run Jiang, Susana Amaral e Tomás Cunha Ferreira.
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