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Adesão total à greve dos estivadores do porto de Setúbal

Trabalhadores exigem conclusão das negociações do novo Contrato Coletivo de Trabalho, denunciando a situação de "extrema precariedade" que se vive no porto de Setúbal. Paralisação de 48h estende-se a esta quarta-feira.
Foto Wikimedia.

 “O pré-aviso de greve abrange cerca de 50 trabalhadores efetivos e 200 precários e os navios que se encontram no porto de Setúbal estão parados, sem operações de carga e descarga", afirmou o dirigente do Sindicato dos Estivadores, António Mariano, em declarações à agência Lusa.

A paralisação de 48h visa denunciar a situação de "extrema precariedade" que se vive no porto de Setúbal e reivindicar a conclusão das negociações do novo Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com as entidades patronais do porto de Setúbal, ANESUL, Associação dos Agentes de Navegação e Empresas Operadoras Portuárias, e AOP, Associação de Operadores Portuários.

“Estamos a entrar numa fase crítica das negociações, que prosseguem no próximo dia 12 de junho, em que temos de definir o número de trabalhadores que serão integrados no porto de Setúbal", apontou António Mariano, acrescentando que existem ainda problemas com as carreiras dos trabalhadores efetivos.

“Há duas tabelas salariais para os trabalhadores efetivos. Os mais antigos podem subir até ao topo de carreira, mas os que entraram mais tarde não podem chegar ao topo, e é preciso corrigir tudo isso no novo CCT", explicou.

De acordo com o dirigente sindical, a legislação aprovada para o setor em 2013 estipulava que a contratação coletiva nos portos nacionais estaria concluída um ano depois, mas, no porto de Setúbal, "as negociações só começaram em abril de 2017, um ano depois de terem sido fechadas as negociações no porto de Lisboa".

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