O Bloco de Esquerda entregou esta sexta-feira as suas listas para as próximas eleições regionais dos Açores de 4 de fevereiro. António Lima, coordenador do partido na Região Autónoma, avançou na ocasião que o partido pretende um reforço da sua votação já que este “permitirá efetivamente que existam mudanças, que não passam nem pelo governo de direita, nem pelas maiorias absolutas do PS”.
O Bloco apresenta listas nos dez círculos eleitorais, com António Lima a voltar a ser cabeça de lista pelo círculo de São Miguel e pelo círculo de compensação e Alexandre Manes, também atual deputada regional, a ser a cabeça de lista pela Terceira. Para além deles, encabeçam os outros círculos Aurora Ribeiro pelo Faial, Daniela Silveira pelo Pico, Pedro Amaral por Santa Maria, Eugénio Viana por São Jorge, Ricardo Toste pela Graciosa, Nelson Amaral pelas Flores e Maria Amaral pelo Corvo.
Nas suas declarações, António Lima considerou que a coligação de direita que governou os Açores “não trouxe nada de bom à região”, só “permanente confusão” e “empobrecimento da população”. Assim, este campo político “não tem soluções”, ao passo que “os açorianos conhecem bem” o que resultou da governação do PS durante 24 anos.
As prioridades da campanha serão a habitação, a saúde, a educação e “uma economia, que não viva do salário mínimo e que pague salários decentes, mais qualificada, que não viva da precariedade”.
Bloco desafia candidaturas para debates frente a frente em nome da transparência
Na véspera, o partido tinha lançado o desafio da realização de debates frente-a-frente entre os líderes das candidaturas que concorrem às eleições regionais como “a melhor forma de esclarecer os açorianos e as açorianas sobre as ideias e os projetos de cada candidatura para o futuro dos Açores, enquanto Região”.
O partido valoriza o formato de debates com os candidatos de cada círculo “porque têm uma componente de proximidade à realidade local dos eleitores”, mas acrescenta que “só os debates que colocam frente-a-frente os líderes das várias candidaturas permite uma visão global sobre as políticas que cada candidatura defende em áreas como a Saúde, a Educação, os Transportes, o Ambiente, as Finanças, a Agricultura, o Mar, a Ciência, as Pescas, ou o Emprego, por exemplo, que são transversais a todas as ilhas, e que não são abordadas com profundidade nos debates de ilha”. A ideia é “que a campanha eleitoral seja o mais transparente e esclarecedora possível”.
