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500ª carga de gás em Sines: REN festeja, Climáximo denuncia
O porto de Sines é a principal porta de entrada de gás natural liquefeito (GNL) no país. O GNL chega aqui vindo da Argélia, Nigéria, Qatar e Estados Unidos da América. A REN que é a empresa responsável pela receção, armazenamento e regaseificação de GNL decidiu anunciar em comunicado a 500ª entrega de gás natural liquefeito neste porto. Rodrigo Costa, CEO da REN, considerou este momento “um marco”, louvando “as características desta infraestrutura, a sua localização, eficiência operacional e permanente disponibilidade.”
Sobre as consequências ambientais deste modelo energético, o comunicado nada diz. Mas é isso que preocupa o Climáximo, coletivo pela justiça climática. Os ambientalistas denunciaram assim “a forma orgulhosa” que a REN utiliza neste anúncio, considerando que “não existe nada a celebrar em mais um crime climático” e salientando que “é urgente mudar de caminho para uma transição energética justa” para energias limpas.
Para o Climáximo, a efeméride recorda outras coisas que não a eficiência de um porto. Nomeadamente, “a aposta no gás fóssil”, visível por exemplo nos furos de prospeção de gás na Zona Centro ou no gasoduto entre Guarda e Bragança, que “desmente o discurso do governo sobre a descarbonização da economia”. E deveria também “ser um alerta da dependência energética de Portugal de combustíveis fósseis”.
Precisamente para combater o gás fóssil e para promover a “justiça climática”, esta organização junta à sua denúncia a convocatória para um “acampamento de ação” contra uma infraestrutura de gás fóssil, denominado Camp in Gás, e que acontecerá verão de 2019.
Comentários
Pois é, mas os manifestantes
Pois é, mas os manifestantes não deixam de se mover em viaturas de alta cilindrada, de alto consumo e de altas emissões de gases de escape, e todos consumem gás natural e GPL engarrafado e canalizado!
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