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22 agentes da polícia política de Pinochet condenados por crimes de há 45 anos

O Supremo Tribunal do Chile condenou esta segunda-feira 22 antigos agentes e quadros da polícia secreta do tempo da ditadura militar no Chile pelo homícidio de dois militantes de esquerda em 1974.
Memorial aos desaparecidos chilenos.
Memorial aos desaparecidos chilenos. Foto de hernán/Flickr.

A justiça tardou. Héctor Zúñiga Tapia e Bernardo de Castro López foram detidos pela ditadura militar chilena em setembro de 1974 e acabaram “desaparecidos”. Apenas 45 anos depois e passados cerca de trinta anos do fim da ditadura, os 22 responsáveis da polícia política de Pinochet foram condenados por estes crimes.

Os vários membros da antiga polícia política agora condenados cumprem já penas de prisão por diversos outros crimes da ditadura. As condenações atingem altos quadros da Direção de Inteligência Nacional (Dina) como o general Raúl Iturriaga Neumann e os brigadeiros Pedro Espinoza Bravo e Miguel Krassnoff Martchenko. O regime montou uma operação, a operação Colombo, para encobrir o desaparecimento de cerca de 119 presos políticos. Dela fez parte também este caso. Os serviços secretos trataram de publicar jornais falsos em que o MIR, Movimento de Esquerda Revolucionária, assumia que os dois desaparecidos tinham sido vítimas de uma purga do movimento.

No total 3,2 mil pessoas foram mortas por agentes do Estado durante a ditadura do general Pinochet, mais de mil continuam desaparecidas. Mais de 40 mil foram presas e torturadas por questões políticas. Héctor Zúñiga Tapia foi morto por pertencer ao MIR. Bernardo de Castro López por ser do Partido Socialista.

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