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20ª edição do Fórum Social Mundial arranca online

Vinte anos após a primeira edição do Fórum Social Mundial em Porto Alegre, no Brasil, a pandemia obriga o evento a decorrer online de 23 a 30 de janeiro, na mais longa edição da sua história.
20ª edição do Fórum Social Mundial arranca online

Com mais de 4.500 inscrições de um total de 80 países, o Fórum Social Mundial (FSM) terá lugar durante nove dias conta, de 23 a 30 de janeiro, e com a participação de cerca de 600 organizações e 400 atividades programadas.

O programa deste ano, disponível para consulta online, conta com espaços temáticos em torno da questão climática, justiça social e democracia, justiça económica, sociedade e diversidade, educação, cultura, feminismos, sociedade e diversidade, populações indígenas e originárias. Estão ainda previstos espaços para uma reflexão transversal sobre o futuro do Fórum Social Mundial, a situação pandémica, a luta contra o racismo, bem como temáticas de género e feminismo.

“Por enquanto, se olharmos para os números, um dos eixos que mais chama a atenção entre os inscritos é o da comunicação, educação e cultura. Embora não me queira aventurar em interpretações rápidas, poderia expressar o grande interesse em consolidar o espaço conceptual face à avalanche de narrativas que nos é imposta pelo sistema hegemónico”, explica François Soulard, especialista em comunicação e um dos responsáveis pela organização da edição deste ano.

A edição de 2021 do Fórum Social Mundial terá lugar em dois sites diferentes. Num deles é apresentado o FSM e o processo de preparação desta edição e partilham-se conteúdos de reflexão, bem como newsletter. No outro é feita a inscrição dos participantes e organizações e divulgado o programa diário e as atividades programadas. Quem convoca o evento explica que uma organização que proponha uma atividade poderá definir se esta é aberta, semiaberta ou fechada. A estrutura dos debates divide-se entre os auto-geridos e os convocados pelos organizadores do Fórum Social Mundial.

Esta pretende ser uma edição “renovada” do Fórum Social Mundial, em parte em resposta ao segundo Manifesto de Porto Alegre, divulgado em agosto de 2020, onde um conjunto de intelectuais da América Latina e Europa pediram para que este espaço “constitua um elemento mais de incentivo e reflexão”.

“Estamos a enfrentar uma crise global multidimensional; são necessárias ações a nível local, nacional e global, com uma articulação adequada entre elas. O FSM é a estrutura ideal para promover esta ação, e é disso que trata esta iniciativa”, disseram.

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