Está aqui

2018 foi o ano com mais violência contra profissionais de saúde

Foram mais de 950 os casos de violência contra profissionais de saúde que foram registados pela Direção-Geral de Saúde no ano passado, uma tendência de subida que tem ocorrido nos últimos anos. A maioria das queixas são de assédio moral. Mas desde 2007 contam-se mais de 500 casos de violência física.
Foto de Paulete Matos

A tendência de subida tem sido constante. Em 2013 foram 202 casos de violência contabilizados pela DGS. Em 2014, 531. Em 2015, a subida foi menor: 582. Em 2017 o número de casos de violência subiu e chegou aos 687. Em 2018 a tendência de subida continuou fortemente contabilizando 950 casos.

O sistema de registo começou em 2007 e permite perceber o tipo de ocorrências. De um total de 4.256 registos, 62% são queixas de assédio moral, 17% casos de violência verbal e 12% de violência física. No campo da violência física, neste período, houve cerca de 500 casos.

Também se percebe quem são os agressores: na maioria dos casos é o utente dos serviços (55%) ou familiares (20%). Em cerca de 20% dos casos é outro profissional de saúde.

Os enfermeiros, que são o grupo profissional com mais trabalhadores, também são quem mais se queixou de casos de violência com 52% do total. A seguir aos enfermeiros são os médicos, com um quarto dos casos, quem mais se queixa.

Em dezembro, um estudo da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar demonstrava que 80% das unidades de saúde tinham havido casos de ameaças ou agressões verbais a profissionais de saúde.

Termos relacionados Sociedade
(...)