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100 mil marcharam em Milão contra os muros e pelo acolhimento
A manifestação deste sábado foi convocada pelo presidente da Câmara de Milão e tornou-se a maior das últimas décadas em Itália a favor do acolhimento de migrantes. “Um vento de intolerância está a derrotar-nos. Precisamos de fortalecer o sistema de acolhimento de migrantes baseado no envolvimento de todas as comunidades e instituições”, dizia a convocatória da manifestação que juntou cerca de 100 mil pessoas na região de Itália que acolhe mais migrantes.
#20Maggio, Milano e i suoi 100.000 una giornata da ricordare https://t.co/MXu11aBYAH @global_project @DinamoPress @a_cegna @Muhlbauer_ pic.twitter.com/zB6BuTA9yb
— MilanoinMovimento (@MILinMOV) May 21, 2017
“Quero ser um construtor de pontes, não de fronteiras. Nunca iremos virar as costas, continuaremos a ser uma cidade que apoia” os migrantes, declarou o edil milanês Giuseppe Sala. Também o presidente do Senado falou no palco montado para os discursos, dizendo que a marcha foi uma resposta aos que querem “erguer muros ideológicos e culturais”. “Quem nasce neste país, estuda com os nossos filhos, torce pelas nossas equipas” é italiano, defendeu Pietro Grasso, respondendo à campanha da direita italiana para mais repressão sobre os refugiados e migrantes.
#20m #insiemesenzamuri , pza Oberdan pranzo sociale #nessunapersonaeillegale Tantissime adesioni alla piattaforma comune #NoMinnitiOrlando pic.twitter.com/xjyjoj5d5m
— Melting Pot Europa (@MeltingPotEU) 20 de maio de 2017
Entre os participantes na marcha contavam-se vários atuais e antigos responsáveis políticos e sindicais e muitas associações de migrantes e de apoio ao acolhimento. Uma parte do cortejo, que juntava associações e centros sociais sob o lema “Ninguém é ilegal”, sublinhou as críticas à lei Bossi-Fini que reprime os migrantes desde 2002, bem como à vontade do atual ministro Marco Minniti em acelerar as deportações de quem entra no país para fugir à fome e à guerra. Apesar da presença de muitos políticos do Partido Democrático, alguns foram vaiados por uma parte dos manifestantes.
#Milano contestato il #pd. Non si può votare la #MinnitiOrlando e stare nelle piazze antirazziste! #NoOneIsIlleg #20Maggio la #peggioedestra pic.twitter.com/jpQoAFIpVj
— Andrea Botti (@boksic72) May 21, 2017
No ano passado o país recebeu 123 mil pedidos de asilo e desde o início de 2017 já chegaram mais de 46 mil migrantes à costa italiana, uma subida de 30% face ao ano anterior. O número de mortos na travessia do Mediterrâneo também está a aumentar, com a Organização Internacional para as Migrações a estimar que 1244 pessoas tenham morrido desde o início do ano ao largo da Líbia.
Lo spezzone dlle famiglie da #SanSiro in corteo #20maggio NESSUN BAMBINO È ILLEGALE casa diritti e istruzione per tutt*. #nooneisillegal pic.twitter.com/qJV1GhxWlk
— Abitanti San Siro (@Abitantisansiro) May 20, 2017
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