Cultura

Há meio século, Amílcar Cabral pediu a um grupo de jovens cineastas da Guiné-Bissau que levassem a luta pela independência do seu país para o cinema. Agora, estão a concluir o projeto como uma homenagem a um dos maiores revolucionários de África. Entrevista de Michael Galant a Flora Gomes.

A 77ª edição do Festival de Cannes acontece entre 14 e 25 de maio. O cinema português volta a ter um filme candidato ao prémio máximo 18 anos depois.

Paulo Portugal

A recuperação política de J.R.R. Tolkien pela extrema-direita não agrada a toda a gente. E muito menos aos seus descendentes, que utilizam os seus direitos de autor para financiar a solidariedade com os migrantes e as ações contra a venda de armas e os pesticidas.

Emma Bougerol

É preciso olvidar para que a revolta se mantenha, para que uma nova vontade de poder surja. Quais serão os meios se o importante for criar e manter relações artificiais?

Soraia Simões de Andrade

Todas as ânsias de superiorizar uma ideia de dominação estão presentes em algum momento nos artistas, em alguns a vida toda, não se emanciparam desse lugar, até por isso as temos de compreender melhor em nós. Por Soraia Simões de Andrade.

Soraia Simões de Andrade

Para os judeus progressistas e humanistas, a história de Pessach não é a base de um mito egoísta e nacionalista. Em vez disso, evoca simultaneamente a nossa própria luta histórica contra a opressão.

Judeus pela Paz e Justiça

João Salaviza, Renée Messora, Hyjño e Cru, protagonistas deste filme, falam sobre a sua experiência numa entrevista de Paulo Portugal que também aborda a resistência do povo indígena Krahô.

Paulo Portugal

O crítico literário e pensador marxista norte-americano faz 90 anos. Aqui apresentamos uma reflexão sua sobre a utopia que, depois de vilipendiada no pós-guerra, uma nova geração fez regressar. Porque quando o capitalismo tardio se mostra triunfante parece não haver alternativa à utopia como alternativa.

De olhos postos na reação ao movimento Black Lives Matter, Vicente Rubio-Pueyo traça a história da utilização da palavra, da sua ligação com a “cultura do cancelamento”, com a diabolização da Critical Race Theory e com os ataques à escola pública.

Vicente Rubio-Pueyo | CTXT

A longa-metragem de Paulo Carneiro foi selecionada para a secção Quinzena dos Cineastas do Festival de Cannes, que decorre de 15 a 23 de Maio, anunciou hoje o seu director artístico, Julien Rejl. Por Interior do Avesso.

Interior do Avesso

O argentino Lisandro Alonso traz-nos um filme que desafia as convenções com um um ritmo ancestral e o sonho como ato de resistência. Por Paulo Portugal.

Hoje dizemos que não há planeta B, mas obliteramos que não há Humano B. A este propósito gostava de parafrasear aqui a profecia das ruas, um picho, vulgo graffiti, num mural contíguo à sonora Almirante Reis que canta assim: ‘vocês pensam no fim do mundo, nós pensamos no fim do mês’. Por Soraia Simões de Andrade.

Anunciada como a história de um livro que revolucionou este país, "o autor vai muito para além desse objectivo, instalando o leitor numa cadeia de equívocos nunca desfeitos”, afirma Maria Manuela Cruzeiro a propósito do livro “O General que começou o 25 de Abril dois meses antes dos Capitães”, de João Céu e Silva.

Quando a utopia é resgatada pelo poder sem chão memorial, quando ela é domesticada e se lhe bota um laçarote, mesmo que este seja ainda um poder flácido, paga uma factura pesadíssima. Por Soraia Simões de Andrade.

O Coliseu do Porto vai ser palco de uma audição comentada do disco “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades”, de José Mário Branco, e de uma conversa com Capicua, Carlos Tê e Luís Freitas Branco, que apresenta o seu livro “A Revolução antes da Revolução”.

Conhecido sobretudo como documentarista, com mais de 30 filmes, o cineasta teve 22 anos de “castigo” sem receber nenhum apoio à produção de filmes: “Ainda hoje vejo académicos branquearem a história do cinema ao não mencionarem os meus primeiros filmes como filmes sobre o 25 de Abril.”

Os liberais de hoje fabricam um Smith que não existiu. Ignoram a sua atitude muito ambivalente em relação ao capitalismo, o seu profundo ceticismo face às consequências da acumulação de capital e da apropriação privada da terra. Na verdade, Smith explica porque uma economia de mercado precisa de um Estado forte. Por Michael Krätke.

A segunda parte da nova adaptação do romance de ficção científica de 1965 de Frank Herbert, Dune, está nos cinemas. Com a sua mistura, muitas vezes reacionária, de cinismo político, catastrofismo ecológico e orientalismo lúgubre, Dune continua a ser estranhamente atraente para o público de esquerda. Por Chris Dite.

O aparecimento da fotografia terá libertado a arte da necessidade de representar o real. As coisas são um pouco mais complicadas, as fronteiras entre pintura e fotografia esbatem-se. Capturing the Moment, exposição patente na Tate Modern, propõe-nos uma jornada por essa interpenetração. Por Nuno Pinheiro

O palacete da Rua da Palma que hoje é a sede do Bloco de Esquerda já foi palco de alegrias e tragédias. "Palmeiras, um palácio em revolução", o podcast realizado por Joana Louçã, traz as histórias da geração que o ocupou após o 25 de Abril.