O Bloco de Esquerda, PS, CDU e o movimento "Também és Cascais" contestam o resultado das eleições autárquicas, que ditou a vitória de Carlos Carreiras, do PSD.
O Bloco de Esquerda conquistou vereadores em cinco concelhos pela primeira vez. As novas caras do Bloco nessas vereações falam sobre o resultado e as perspetivas para o novo mandato. Fotos de Paulete Matos.
Catarina Martins afirma que o reforço autárquico do Bloco permitiu “derrotar a direita e combater as maiorias absolutas”, o que garante "novas possibilidades de intervenção” e abre caminho à construção de "maiorias de transformação à esquerda", nos municípios e freguesias.
Nas eleições autárquicas de 2017, o Bloco de Esquerda elegeu 12 vereadores, 125 deputados municipais e 213 de freguesia e, na votação nacional para as Câmaras Municipais, passou de 120.958 para 170.027 votos.
Catarina Martins reagiu aos resultados eleitorais já conhecidos, que confirmam o crescimento do Bloco em número de votos e mandatos eleitos nos órgãos autárquicos.
Numa primeira reação às projeções sobre a abstenção, Pedro Soares saudou os números que indicam uma quebra na abstenção. A confirmarem-se, poderão abrir “um tempo novo na democracia local”, diz o coordenador autárquico do Bloco.
No comício de encerramento da campanha autárquica do Bloco de Esquerda, esta sexta-feira na Alfândega do Porto, Catarina Martins falou sobre o país “que tem sido esquecido” pelas maiorias absolutas. Por isso, pede o voto no Bloco “contra a alternância” e o “clientelismo” autárquico.
Para Catarina Martins, o Porto precisa de uma “mudança, e o Bloco pode fazer toda a diferença”. A cidade “precisa mais” do que a relação “novelesca de entendimentos e desentendimentos” entre o Partido Socialista e Rui Moreira.
As diferentes forças políticas “com projetos alternativos ao absolutismo até hoje reinante” em Cascais, definiram “20 propostas para uma alternativa democrática em Cascais".
A candidata do Bloco de Esquerda à Câmara de Évora, Maria Helena Figueiredo, diz que é “inaceitável” haver “tanta gente a precisar de casa” no concelho e defende que é preciso pôr a Habévora no "eixo certo".
O candidato bloquista à Câmara de Lisboa escreveu na sua página no facebook, dá conta da mensagem que recebeu “não poderia ter melhor forma de entrar no último dia desta campanha do que receber esta mensagem de apoio do João Semedo”.
A coordenadora bloquista salientou que foi a força do Bloco de Esquerda em 2015 que “mudou o quadro político e desbloqueou o país” e realçou que Ricardo Robles “estará no seu mandato por inteiro e mais ninguém [em Lisboa] dá essa garantia”.
Catarina Martins participou na arruada com o candidato do Bloco à Câmara de Lisboa. Ricardo Robles apela ao voto dos lisboetas para impedir a maioria absoluta do PS e dar prioridade à habitação, transportes, creches, escolas e transparência.
O candidato do Bloco à Câmara do Porto diz que o atual presidente da Câmara não quer ser escrutinado nos seus poderes e negócios, pelo que “o seu verniz mais uma vez está a quebrar” na reta final de campanha.
O candidato bloquista participou com Francisco Louçã numa arruada na Bobadela e ouviu queixas sobre a falta de transportes e o aumento do preço das rendas.
A Comissão Nacional de Eleições deu razão ao Bloco de Esquerda e decidiu enviar ao Ministério Público as declarações do autarca de Cascais, ao acusar a candidatura bloquista de ser responsável pela interdição da praia de Carcavelos.
O Bloco de Esquerda realizou uma volta ao interior do concelho Sintra em transportes públicos para mostrar algumas das dificuldades sentidas pela população no seu dia a dia e para propor alternativas mais ecológicas para melhorar o direito à mobilidade.
Afirmando que as autarquias têm uma grande responsabilidade no que respeita à poluição das águas, Catarina Martins frisou que, para o Bloco, "a questão ambiental é prioritária, porque é uma questão de saúde pública, de qualidade de vida e do próprio desenvolvimento económico".
O candidato bloquista João Teixeira Lopes acusou o candidato pelo PS, e antigo vereador da Habitação, Manuel Pizarro, de “não ser sério nem credível”, porque “todos os dias arranja um novo partido com quem se quer coligar”.
O programa foi construído com o contributo de muitos cidadãos e cidadãs que participaram em sessões públicas e reuniões abertas no concelho, ao longo de vários meses de contacto com a população.