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Explosão em complexo nuclear em França

Uma explosão num local de tratamento e acondicionamento de resíduos nucleares no Sul de França fez, no final da manhã desta segunda-feira, um morto e quatro feridos. De momento, não há conhecimento de qualquer fuga de radioactividade, segundo a Autoridade de Segurança Nuclear.
França é o segundo país do mundo que mais produz energia nuclear, tendo 59 reactores nucleares activos.

A Autoridade de Segurança Nuclear (ASN) já informou que "o acidente terminou" e que a explosão "não causou qualquer fuga radioactiva", segundo um porta-voz do Departamento de Energia. A Comissão de Investigação Independente e Informação sobre Radioactividade (Criirad) também indica no seu site que não foram encontrados vestígios de contaminação na região.

O alerta sobre as implicações da explosão no complexo nuclear, que provocou ainda um morto e quatro feridos (um deles com gravidade), foi dado pelos bombeiros e as autoridades municipais de Marcoule, no Sul de França. As autoridades estabeleceram um perímetro de segurança no local e a ASN enviou para o complexo uma equipa de inspectores.

Segundo adianta o jornal francês Le Monde, a Autoridade de Segurança Nuclear francesa (ASN) explica, em comunicado, que no final da manhã ocorreu uma explosão na instalação nuclear Centraco (Centro de Tratamento e de Acondicionamento de resíduos de fraca actividade), nomeadamente num dos fornos onde são fundidos resíduos, com baixos níveis de radioactividade, vindos da indústria nuclear, laboratórios ou centros médicos.

A Centraco – cujas instalações se situam na região de Codolet, ao lado do complexo nuclear de Marcoule, e são geridas pela empresa Socodei (Sociedade de Acondicionamento e de Tratamento dos Resíduos de Efluentes Industriais) – accionou o seu plano interno de emergência, de acordo com o previsto. De momento não há conhecimento de qualquer fuga de radioactividade.

Grande parte dos resíduos tratados pela Centraco tem origem no complexo nuclear de Marcoule, um dos mais importantes do país e um centro pioneiro da indústria atómica desde meados dos anos 1950. Estes são depois enviados para a agência nacional francesa para gestão de resíduos radioactivos (ANDRA).

França é o segundo país do mundo que mais produz energia nuclear, tendo 59 reactores nucleares activos – os Estados Unidos lideram a lista. De acordo com a ASN, para 90 por cento dos resíduos radioactivos gerados no país existem centros de armazenamento especialmente geridos para os receber; os restantes 10 por cento – os de média e elevada radioactividade e de longa duração – que não têm solução são armazenados no seu local de produção.
 

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